segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

100° Post - Boas Festas e Feliz 2013!

Por coincidência meu 100° post vai ser o último do ano. Tô “saindo de férias” por alguns dias, mas depois vou ter muita coisa pra contar.


Foi um ano especial na minha vida. Começou com a expectativa do quê ia encontrar aqui do outro lado do mundo. Cultura, língua, povo... Tanta coisa nova e tudo era uma incógnita. Mas a adaptação não foi tão difícil assim. Chegamos num frio danado – coisa de -13° - mas nem isso tornou as coisas mais complicadas. Difícil, mesmo, é saber que estou tão longe, principalmente de meus pais, de quem sinto uma saudade danada! Tento “diminuir” essa saudade vendo-os quase que diariamente via Skype – santa tecnologia, muito obrigada! Mas não é fácil.


Mas o tempo está passando – já vai fazer um ano que chegamos – e eu tenho procurado, dentro do possível, sair por aqui pra conhecer sempre mais sobre a China e sua incrível cultura. Nem a língua está sendo um problema, porque consigo me comunicar com os chineses com o pouco que aprendi e continuo tentando aprender do Mandarim, ou então uso o inglês e o “mimiquês. Esse, então, não falha, é universal.


A vida é assim, feita de prós e contras, coisas boas e ruins...
Estar tão longe de tudo e todos é ruim? Óbvio, mas por que não olhar para o lado bom, o da oportunidade de estar vivendo uma experiência ímpar de morar aqui na China?


Abrimos mão de algumas coisas, mas ganhamos outras. Sei que a Amanda, por exemplo, sente uma falta danada dos amigos, e está sempre se questionando sobre a fase da adolescência que está deixando de viver estando longe do dia a dia do Brasil. Mas e o que ela está vivendo aqui? A oportunidade de aprender Mandarim, a língua do momento e do futuro? A experiência de vida, a convivência com pessoas de nacionalidades diferentes? Não tem preço! Ela pode não entender muito bem isso hoje, mas vai sentir saudades no futuro.


A Giovanna ainda não tem tanta noção do que está “perdendo e do que está ganhando”. Mas, de alguma forma, também vai levar pra vida toda a experiência que está vivendo aqui. É muito fofo vê-la recitando as tabuadas, de 1 a 9, em chinês. O problema é que ela, quando vai fazer os deveres do Brasil, “raciocina” em chinês, na hora das continhas. É muita informação para uma criança de 8 anos? Ah, mas ela tira de letra!


Os chineses podem não ter religião, podem não comemorar o Natal, mas de olho nas vendas e no crescimento do turismo, Beijing está repleta de decorações natalinas, com muitas luzinhas nos postes, nas árvores, nos condomínios; árvores de Natal em shoppings, parques, na frente de hotéis. Papai Noel também existe na China!


Bem verdade que não vi ainda nenhum presépio nas decorações – somente pra vender em lojas – mas o espírito de Natal já está na cidade. Cabe a nós lembrar que o mais importante do Natal não é o velhinho de roupa vermelha e barba branca, mas aquele menino que nasceu numa manjedoura e que mudou a história do mundo. Mas os chineses não entendem muito isso. Já li de casos deles perguntarem para estrangeiros, algo mais ou menos assim: “Vocês ocidentais comemoram tanto o nascimento desse menino... mas não foi ele que vocês deixaram morrer numa cruz?” Verdade difícil de explicar e de fazer entender...


Aproveitando o espírito de Natal, que nesse momento paira por quase todo o mundo, desejo a todos Boas Festas!


O ano não vai acabar no dia 21 de dezembro, por isso não deixe de pelo menos TENTAR fazer coisas boas, não somente para você, mas principalmente para aqueles que te rodeiam. Pode ser que a pessoa que está ao seu lado, nesse momento, queira simplesmente um beijo seu. Um gesto tão simples, mas que feito com vontade, alegra qualquer um!


Você que está perto de seus entes queridos, aproveite cada minuto ao lado deles. Assim como eu, você amanhã pode estar longe e não vai ter a oportunidade de abraça-los, como realmente gostaria.


Reflita sobre o que ficou para trás. Aprenda com seus erros e busque cada vez mais os acertos.


Renove as esperanças, celebre a vida e continue sonhando! Sem sonhos não se vive e não se chega a lugar algum. E não deixe de fazer a sua parte e de lutar por um mundo melhor! Acredite, sempre!



Feliz Natal e um 2013 de muitas alegrias!


Veja o vídeo abaixo e preste atenção na letra. Nós crescemos, mas nunca é tarde para sonhar!

Há muito a comemorar.
Acredite no que você sente por dentro,
Dê a seus sonhos asas para voar.
Você tem tudo que você precisa,
Se você apenas acreditar.       



Vídeo com parte de uma linda música do filme “O Expresso Polar”

BELIEVE                               ACREDITE

Children, sleeping.                 As crianças, dormindo.
Snow is softly falling.             A neve está caindo suavemente.
Dreams are calling,               Os sonhos estão chamando,
Like bells in the distance.      Como sinos à distância.
We were dreamers,                Nós éramos sonhadores,
Not so long ago.                     Não há muito tempo.
But one by one, we                Mas, um a um, nós
All had to grow up.                Todos tínhamos que crescer.

When it seems the magic      Quando parece que a magia 
slipped away...                       sumiu ...
We find it all again                Encontramos tudo de novo  
On Christmas Day.                No dia deNatal.       
Believe in what your heart       Acredite no que seu coração 
is saying,                                     está dizendo,   
                                                                    
Hear the melody that's playing.  Ouça a melodia que está tocando.
There's no time to waste,             Não há tempo a perder,

There so much to celebrate.        Há muito a comemorar.
Believe in what you feel              Acredite no que você sente 
inside.                                           por dentro.

Give your dreams        Dê a seus sonhos 
the wings to fly.            asas para voar.

You have everything             Você tem tudo 
you need,                             que você precisa,
if you just believe.                Se você apenas acreditar.                 
                                                                           












quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Minha Primeira Ópera


Pela primeira vez assisti a uma Ópera. Foi cansativo, mas gostei. Foram cerca de três horas e meia de espetáculo! Uma experiência diferente, que é pra quem realmente gosta. Confesso que não pretendo repetir – me desculpem os mais cultos e eruditos.
 

A obra que assisti foi Lohengrin, do alemão Richard Wagner. Uma ópera romântica, onde drama e música contam a história de um cavaleiro do Santo Graal em terras germânicas. O espetáculo é conduzido pelo maestro Lu Jia, com performances do coro e da orquestra do NCPA – National Centre for The Performing Arts.


Lohengrin, uma das principais óperas de Richard Wagner.


A trama, dividida em três atos, estava em alemão, mas havia duas opções de legenda: uma, no alto, em inglês, e outra nas laterais, em chinês. Bem interessante. Não imaginava que teria essa opção, por isso “me preparei” lendo um pouco sobre a obra, aqui na web. Foi essencial para entender o enredo.

 
Fato crucial na história é que Elsa - uma das protagonistas - precisava cumprir a promessa feita a seu cavaleiro, que depois se tornou seu marido, de não lhe fazer três perguntas: “Qual o seu nome; De onde veio e Qual a sua linhagem”. Mas como até na ópera colocam as mulheres como “linguarudas” – não gostei disso, Sr. Wagner! – Elsa acaba não resistindo e faz as três perguntas proibidas ao companheiro. Aí ele acaba revelando seu segredo e precisa ir embora, etc e tal. Não dá pra contar aqui toda a história! Quem quiser saber detalhes do drama, tem um ótimo resumo no link abaixo:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lohengrin_(%C3%B3pera)
 

O espetáculo, em si, é lento, com pouca movimentação no palco dos artistas - é ópera e não ballet ou uma peça de teatro comum - mas a troca de cenários, um mais imponente do que o outro foi fantástico! Uma coisa de louco! O palco, que parecia pequeno, de repente se abre, um cenário desce enquanto outro, enorme, vem do fundo... É monstruoso! Até um pequeno lago surge no palco! Esses chineses são incríveis!
 
 
As músicas ditam o ritmo da história: hora suave, hora com o rufar de tambores, solos de violinos, flautas... Muito bonito. Uma das obras de Wagner tocadas é o Coro Nupcial – “Here Comes The Bride”, “Lá Vem a Noiva” - mais conhecido como a Marcha Nupcial, muito usada na entrada das noivas em cerimônias de casamento. Na ópera Lohengrin um pedaço dela ela é executado após o casamento dos personagens principais.

 
Clique para ouvir a "Marcha Nupcial", de Wagner.


Lembrei dos muitos discos do meu pai: óperas, clássicos... um de seus xodós, além dos selos e livros. Ele ia gostar de assistir ao espetáculo.
 

O Opera Hall, a sala principal do Teatro Nacional de Beijing, tem traços simples e modernos – nada que lembre os teatros antigos, repletos de colunas nababescas, com poltronas trabalhadas, acentos de veludo. Fiquei no 3° andar – o mais barato – mas a visão de lá era excelente. Como já falei em post anterior, o Opera Hall tem lugar para 2.398 pessoas. Não estava cheio: acredito que com pouco menos da metade de sua capacidade. Os preços variavam de 160 RMB – cerca de R$50,00 – a 680 RMB, além de um ticket VIP, que não sei quanto custa.


O palco do Opera Hall.


Moderno e funcional.


Mas nem tudo é perfeito e destaco um ponto negativo: o espaço entre as fileiras de poltronas é muito apertado. Só pra chinês nanico! Pra deixar alguém passar, só colocando as pernas quase em cima da poltrona do lado. Mas isso parece ser comum por aqui. Notei a mesma coisa na quadra central do National Tennis Center, durante os jogos do Aberto da China, e também no Mastercard Hall, no show do Elton Jonh.

Fui com minha inseparável amiga de bate-perna aqui em Beijing, a Cris, e nos divertimos muito, principalmente com o marido dela, o Fernando, sempre mandando mensagens pelo celular, dizendo “desistam...venham pra casa... tá demorando muito...” Duvido que ele e o Tuninho  fossem aguentar quatro horas de ópera!


A Cris aguardando o início do espetáculo.
Olha o espaço que fica pra outra pessoa passar - entre o joelho
dela e a poltrona da frente. Muito apertado.


Aguardando as três horas e meia de apresentação.
Não imaginava que seria tudo isso!
 

Durante o espetáculo não pude tirar muitas fotos, porque alguns “lanterninhas” ficam estrategicamente posicionados, com aquelas canetas de laser, prontos pra jogar um feixe de luz vermelha nas máquinas e celulares de quem ousa tentar fotografar. 
 

Coisa de chinês: após o espetáculo demos um pit-stop no toillet e estávamos lavando as mãos quando um guarda bateu na porta, mandando a gente sair. Que chato! Estavam com pressa de fechar o local! “Não dá pra esperar, não?”
 

Bravo! Bravo! A ópera já foi. Agora preciso acompanhar uma partida de Pingue-pongue, ou Badmington, uma luta de Kung-fu... Aproveitar essa passagem pela China pra fazer coisas diferentes e, é claro, registrar tudo aqui no blog.

1° ato: um cenário monstruoso.


Momento em que o cavaleiro, ao fundo, chega para
salvar a donzela.


3° ato: os protagonistas "conversam" a beira de
um pequeno lago. Uma parte desse cenário depois se abre para os lados e outra desce, 
enquanto ao fundo surge novamente o cenário do 1° ato.


Ao final da ópera os artistas aparecem para
receber os tradicionais aplausos do público.



O protagonista de Lohengrin, o tenor canadense - com cara de chinês -
Mario Zhang, agradece ao público. 



Os artistas agradecendo juntos.


Um pouquinho de cultura não faz mal a ninguém:


·       Os 200 anos do nascimento de Richard Wagner serão comemorados em 2013 – ele nasceu em 22 de maio de 1813 e morreu em 13 de fevereiro de 1883, perto de completar 70 anos.
 
Desde 2010, várias salas de teatro em todo o mundo estão homenageando com performances especiais, um dos mais importantes mestres da ópera. Atualmente 22 salas de produção exibem as novas versões de Lohengrin.

 ·       Lohengrin inspirou Giuseppe Verdi a escrever “Aida” e “Um Ballo in Maschera”. Só que ao contrário da obra do compositor alemão, o tema do mestre italiano é apontado pelos críticos como “mais deprimente”.

 ·       Ópera é um gênero de teatro que combina música instrumental e canto. A letra de uma ópera, chamada de “libreto”, é cantada e não falada. A ópera é considerada o casamento perfeito entre a música e o teatro. Richard Wagner chamava suas óperas de “dramas musicais”.

 ·       A ópera tem origem na Itália do século XVII, por isso a maioria das peças é encenada em italiano ou latim.

 ·       O Brasil também teve famosos compositores de ópera, como Carlos Gomes e Heitor Villa-Lobos.


 ·       Os artistas do espetáculo:

Mario Zhang – tenor canadense – como Lohengrin
 
Wang Wei – soprano chinesa – como Elsa
 
Anton Keremidtchiev – barítono búlgaro – como Telramund
 
Yang Guang – meio-soprano chinesa – como Ortrud
 
Guan Zhijing – baixo chinês – como o Rei Heinrich
 
Liu Songhu – barítono – como o arauto








terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Conhecendo a escola da Gigi



Na semana passada fui assistir a algumas aulas da Giovanna na escola. A Fang Cao Di convidou os pais para conhecerem um pouco da rotina de seus filhos no colégio. Foi bem interessante.

Logo que chegamos à sala de aula, me sentei pertinho da Gigi e da amiguinha Vivi, uma brasileirinha, filha de chineses, que está aqui morando com os avós, para “viver” a cultura chinesa, como bem frisou a avó, quando nos conhecemos.

Vivi e Gigi na sala de aula.


A primeira atividade das crianças foi falar a tabuada, de 1 a 9, em voz alta. Um aluno ficava lá na frente enquanto os demais, juntamente com ele, recitavam a tabuada. Tudo em chinês é claro!

Depois da tabuada a professora colocou algumas músicas para as crianças cantarem. A modernidade está à disposição dos alunos na escola. O quadro negro é dividido em duas partes, uma delas deslizante. Atrás há uma tela de LCD, enorme, onde a professora escolhe o que quer através de toques, ou através de um tablet.

Lembro que a Fang Cao Di, apesar de ser uma escola internacional, é uma escola do governo. Mas educação aqui é coisa séria, e eles investem em tecnologia. Escola pública não é bagunça!

Na hora de sair da sala para outra atividade, a garotada se coloca em forma, braços cruzados uma hora, posição de sentido na outra, enquanto um aluno, na frente, “dá as ordens”. Como já falei outras vezes, tudo aqui na China é bem militarizado. Mas acho que pra garotada isso é bom, porque eles aprendem a ter disciplina.

Uma coisa que admiro por aqui é o patriotismo. Toda segunda-feira, alunos e professores se reúnem no campo para cantar o hino nacional e o hino da escola. Nos meus tempos de criança isso era comum. No antigo primário cantávamos cada dia um hino diferente: hino nacional, hino da Marinha – Cisne Branco - hino da bandeira, hino da aeronáutica, hino da independência... hoje em dia as crianças não são incentivadas a esse lado patriótico. A maioria nem sabe a letra do hino nacional. Uma pena. O amor à bandeira só se vê na Copa do Mundo, nas Olimpíadas...

Mas deixa eu voltar a falar da escola da Giovanna. Na sequência descemos para o campo: hora da aula de educação física. Meu Deus! Estava um frio danado e quase congelei. Minha boca ficou dormente e os dedos das mãos, apesar de estar com luva, ficaram duros.

Na atividade física as crianças, primeiro, deram uma volta de aquecimento no campo e, depois, brincaram de pular corda e jogaram “queimado”. Pular corda é uma atividade muito comum por aqui.

Gigi pulando corda.


Uma atividade que ela adora.


Gigi e Vivi se preparando para deixar o campo.


Após 40 minutos no frio, fomos para a aula de chinês. Fiquei toda orgulhosa de ver a Gigi participando ativamente. Ela, inclusive, se voluntariou para ir ao quadro, para ler algumas palavras.


Lá na frente, na primeira carteira, Gigi e Vivi, sempre juntas.


Gigi após ler o que estava no quadro.
Orgulho da Mamãe!


Depois da aula de chinês foi a vez do intervalo onde toda a escola se reúne no campo, para uma atividade aeróbica. A criançada adora!

O campo ficou lotado.


Gigi pronta para a atividade.


Aqui ela está dançando.


Todo mundo na mesma coreografia. Muito legal.


As crianças em forma para voltarem para a sala de aula.


Pronto! Hora dos pais irem embora. Antes, porém, fomos convidados a preencher um questionário e a dar opinião sobre o que vivenciamos na escola. Elogiei o que vi e sugeri que as crianças possam usar luvas durante as atividades de educação física. Segundo a Gigi, o professor geralmente não deixa. Eu sei que eles são rigorosos em muita coisa, mas não precisam exagerar, não é mesmo? Mas tirando esse inconveniente, gostei muito do que vi. Melhor ainda é saber que daqui a pouco a pequena Gigi vai falar chinês fluentemente – ela já escreve dezenas de ideogramas, é tão bonitinho! Sem falar que é uma experiência que ela vai levar pra toda vida.











domingo, 2 de dezembro de 2012

Troca da Bandeira



No dia 19 de novembro comemoramos aqui em Beijing o “Dia da Bandeira”, com a troca do pavilhão nacional da Embaixada do Brasil. Como manda o cerimonial, o hasteamento da nova bandeira aconteceu ao meio-dia. Essa hora é determinada pelo decreto número 4, de 10 de novembro de 1889, que foi assinado às 12 horas.

Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, houve a necessidade de se trocar a bandeira nacional. Com a mania de tudo se copia e nada se cria, foi apresentada uma nova bandeira que era bem parecida com a dos Estados Unidos. No entanto, o Marechal Deodoro da Fonseca não gostou do novo “design” – que chegou a ser usado entre 15 e 19 de novembro daquele ano.

Bandeira usada entre 15 e 19 de novembro de 1889.
Muito parecida com a bandeira norte-americana.


Num decreto redigido por Rui Barbosa foram mantidas as cores nacionais e o brasão da bandeira do Império foi substituído por uma esfera celeste que representa o céu do Rio de Janeiro – a capital federal naquela época – no dia 15 de novembro de 1889, às oito horas e trinta minutos da manhã, para que o Cruzeiro do Sul se encontrasse, mais ou menos, no centro da esfera.


Bandeira do Brasil Império.


Bandeira da República Federativa do Brasil desde 1889.



A princípio a bandeira possuía 20 estrelas, uma para cada estado e mais uma representando o Município Neutro, mais tarde chamado de Distrito Federal. 

Com o passar dos anos e a criação de novos estados, foram acrescentadas novas estrelas, mas sempre respeitando o posicionamento do céu do Rio de Janeiro no dia 15 de novembro de 1889. Atualmente são 27 estrelas – 26 representando os estados e uma o DF.


O céu da bandeira com os estados e o DF que as
estrelas representam.



A faixa branca na esfera azul corresponde a faixa no céu por onde transitam os planetas do nosso sistema solar e o próprio sol.

A frase “Ordem e Progresso” é o resumo da frase de Augusto Comte, filósofo francês, fundador do Positivismo: “O Amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”.

Na bandeira, o verde simboliza as matas e florestas; o amarelo o ouro e as riquezas minerais; o azul a cor do céu e o branco, a paz.




A bandeira antiga ainda no mastro.


Retirada da bandeira antiga para o hasteamento da nova.


A antiga bandeira dando lugar a nova.


Os suboficiais Bezerra e Neumman preparando
a bandeira antiga para ser cremada.



A nova bandeira começa a subir ao som do Hino Nacional.


Estava um belo dia de sol, apesar do frio.



A Bandeira quase lá.



Alguns funcionários da Embaixada marcaram
presença na cerimônia.


A nova bandeira tremulando no mastro.


Após o Hino Nacional foi executado
o Hino da Bandeira.


A antiga bandeira sendo cremada.


O Adido do Exército, Coronel Schwingel, e 
a intérprete da Adidância Naval, Júlia,
durante a cerimônia.



O Adido da Aeronáutica e de Defesa, Coronel Fernando, 
a intérprete da Aeronáutica, Cao, e alguns funcionários
da Embaixada que estiveram presentes ao evento.


A nova Bandeira Nacional tremulando no alto do mastro.


Salve, lindo pendão da esperança!


Evolução da Bandeira Nacional:


     
                                 Bandeira da Ordem de Cristo                        Bandeira Real
                                                (1332-1651)                                           (1500-1521)
                           

       
                                        Bandeira de D.João III                 Bandeira do Domínio Espanhol
                                                (1521-1616)                                          (1616-1640)


       
                                  Bandeira da Restauração             Bandeira do Principado do Brasil
                                               (1640-1683)                                       (1645-1816)


      
                                      Bandeira de D.Pedro II,                     Bandeira Real Século XVII
                                     de Portugal (1683-1706)                               (1600-1700)


       
                                  Bandeira do Reino Unido de                   Bandeira do Regime
                                    Portugal, Brasil e Algarve                           Constitucional
                                              (1816-1821)                                        (1821-1822)


     
                                            Bandeira Imperial                            Bandeira Provisória
                                                   do Brasil                                        da República 
                                                (1822-1889)                       (15 a 19 de novembro de 1889)



Bandeira da República Federativa do Brasil
(15 de novembro de 1889 até hoje)



informações da bandeira retiradas do site:
http://www.brasilescola.com/brasil/bandeiradobrasil.htm



Hino à Bandeira Nacional

Letra: Olavo Bilac
Música: Francisco Braga


Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Contemplando teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever;
E o Brasil, por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!