A exibição mostra o contínuo progresso e desenvolvimento da civilização
chinesa e seu curso histórico até a construção de uma grande nação multiétnica,
além de destacar as realizações do país que contribuíram para o desenvolvimento
da humanidade.
A China Antiga.
Mapa em alto relevo na entrada da exposição.
O Homo erectus.
O Homo sapiens.
O Homem das Cavernas de Zhoukoudian.
Como já citei no post "Explorando o Berço da Civilização Chinesa - parte 2:
O Homem de Pequim", em 13 de Abril de 2013,
estudos apontam que o Homem de Pequim pode
ter vivido na região de Zhoukoudian 800 mil anos a.C.
Algo em torno de dois milhões de anos atrás na escala de
tempo geológico.
O Homem e o fogo.
Restos encontrados numa tumba
em Xishuipo, Puyang, na Província de Henan, em 1987.
Ao lado dos ossos, as figuras, em conchas,
de um dragão e um tigre.
Panela de bronze da Dinastia Zhou Ocidental usada
para armazenar água.
Descoberta em Baoji, na Província de Shaanxi.
Objetos de bronze do Período das Primaveras e Outonos.
Cavalo e Guerreiros de Terracota.
Dinastia Han.
Mortalha de Jade com acabamento com
fios de ouro.
Essa mortalha foi feita para Liu Xiu (55 a.C),
Rei do Estado de Zhongshan.
A mortalha de Jade era usada como roupa de enterro
de Imperadores da Dinastia Han, nobres e pessoas
que tinham algum status social.
Cavalo de cerâmica vitrificada.
Da Dinastia Tang (618-907 d.C).
Nas paredes, sempre as indicações dos períodos expostos.
Miniatura de barco da Dinastia Song.
Restos de um barco como esse, mas em tamanho
natural, foram encontrados em Quanzhou, na Província de
Fujian, em 1974.
Modelo de figura de bronze com
os pontos usados na acupuntura.
Na época dos exames da Academia
Imperial de Medicina, um boneco
como esse era preenchido com água e
coberto com cera de abelha, e os
estudantes tinham que identificar seus pontos.
Relógio de Água: instrumento com peças em bronze
usado para medir o tempo.
Dinastia Yuan.
Espécie de coroa usada pela Imperatriz Xiaoduan,
da Dinastia Ming.
Reprodução do Imperador Qianlong.
Sino de Bronze da Dinastia Ming.
Esse sino foi feito para a sétima jornada do
almirante Zheng He, para lhe dar sorte
e uma boa viagem.
Peça de cetim com fios de ouro
com desenhos de nuvens e dragões.
Dinastia Qing.
Porcelanas da Dinastia Qing.
The Road of Rejuvenation – A Estrada do Rejuvenescimento – também
é uma exposição permanente do Museu. Ela mostra o caminhar do povo chinês, que
após ser reduzido a uma sociedade semicolonial, semifeudal e quase destruído
como consequência da Guerra do Ópio em 1840, se reergueu da humilhação e
miséria, e conseguiu rejuvenescer o país.
Painel na entrada da seção
A Estrada do Rejuvenescimento.
Enquanto os países do Ocidente desfrutavam de
um desenvolvimento rápido e entravam num
período de expansão - na foto uma máquina
da Revolução Industrial inglesa - a China
vivia o caminho oposto.
O Império Qing fechou o país para o mundo,
engessando e estagnando a sociedade chinesa.
A China foi assolada por crimes, pilhagens e a
diferença com as forças do Ocidente se tornou cada vez maior.
Após os ingleses darem início a Guerra do Ópio, em 1840,
várias nações atacaram a China como abelhas num enxame.
Esses ataques levaram o Império Qing a assinar uma série de tratados
para garantir a sobrevivência chinesa. Só que os privilégios
sociais, econômicos, políticos e culturais dados aos estrangeiros
afundaram cada vez mais o país.
Mas na busca pela independência nacional e a liberdade de seu povo,
a China começou a traçar o caminho para o renascimento.
O Povo chinês começou a combater os estrangeiros, frustando
as forças imperialistas que insistiam em subjugar a China.
Cansado das humilhações e de viver na miséria,
o povo refletiu sobre o futuro da nação e foi às armas.
A classe feudal tentou manipular a classe camponesa,
mostrando algumas transformações do país.
Mas nada foi capaz de remover a ideia do povo
de que era hora de mudar e libertar a China.
A Revolução de 1911 derrubou a
Dinastia Qing e pôs fim a dois mil anos
de monarquia feudal, estabelecendo a República da China.
Foi a primeira grande mudança do país no século XX.
O líder da Revolução de 1911 foi
Sun Yat-Sen, primeiro presidente e
fundador da República da China.
Era chamado de "O Pai da Nação".
A Revolução de Outubro na Rússia trouxe o Marxismo para a China,
fazendo com que o país voltasse sua atenção para o Socialismo.
A integração do Marxismo com o Movimento dos Trabalhadores
deu origem ao PCC - o Partido Comunista da China.
Estava começando uma nova Revolução.
O líder desse novo movimento foi Mao Tse-tung.
A China vivia uma guerra civil e um conflito de ideias
entre dois partidos: o Kuomintang, partido da situação
(Partido Nacionalista Chinês),
e o PCC, da oposição.
Prevaleceria a força de Mao e seus aliados.
A Guerra Civil chinesa teve uma trégua quando o país se uniu
para expulsar os japoneses que invadiram e tomaram
algumas cidades chinesas.
Foi a chamada Guerra da Resistência contra a Agressão Japonesa.
As atrocidades japonesas em solo chinês foram muitas - até hoje
China e Japão têm relações "delicadas".
Mas o Japão acabaria se rendendo, pondo fim a
Segunda Guerra Sino-Japonesa.
O Japão se rendeu em duas frentes: diante dos chineses
e perante o mundo, com a assinatura de sua rendição
da II Guerra Mundial, a bordo
do USS Missouri, no dia 2 de Setembro de 1945, no Havaí.
Com o fim da Guerra contra o Japão, a China se viu diante
de uma escolha: seguir com o Governo de Chiang Kai-shek - sucessor
de Sun Yat-sen - ou aderir ao PCC, que
através de Mao Tse-tung reivindicava o quê
chamavam de Nova Revolução Democrática.
Barco de madeira usado para transportar soldados
do Exército da Libertação Popular na Campanha
da Travessia do Rio Yangtze, em 1949.
As muitas bandeiras da China.
Letra do Hino Nacional da China.
Atual bandeira e brasão chineses.
No dia 1° de Outubro de 1949,
Mao Tze-tung finalmente
fundou a República Popular da China.
Reprodução do local onde Mao Tse-tung fez o
anúncio do novo país,
do alto do chamado Portão da Paz Celestial,
a entrada da Cidade Proibida, em frente a
Praça da Paz Celestial, em Beijing.
Microfone usado por Mao que
disse, entre outras coisas:
"Nós nos reerguemos".
Foto do povo em frente ao Portão da Paz Celestial.
A exibição engrandece o papel do Partido Comunista Chinês, o qual cita como responsável pelo grande desenvolvimento do país e o bem estar de sua população. Palavras como Marxismo, Socialismo, Vibrante Economia de Mercado Socialista e Nova-Democracia são exaltadas, assim como o que chamam de Socialismo com Características Chinesas.
Espaço dedicado ao Socialismo com Características Chinesas.
A “ode” ao socialismo está explícita nas paredes do museu. Um banner diz o seguinte:
“A História provou que sem o PCC – Partido Comunista da China – a República Popular da China não seria o quê é hoje, nem teria um socialismo com características chinesas; o socialismo é o único caminho para salvar a China, e a reforma e abertura são a única forma para o desenvolvimento da China, do socialismo e do Marxismo”.
Diz ainda:
“O socialismo com características chinesas segue a orientação do Marxismo-Leninismo, os pensamentos de Mao Tse-tung e as teorias de Deng Xiaoping em busca de uma sociedade moderada e próspera”.
Quero deixar bem claro que não me coloco no meio de discussões políticas, mas que sou a favor da Democracia, da liberdade. Mas pelo que vivi aqui na China nesses quase três anos, posso afirmar que esse “modelo chinês de governo” em alguns momentos funciona bem. Em outros, nem tanto. Talvez funcione só mesmo aqui, onde o povo é pacato e respeita sua cultura. Eu me pergunto: “A democracia brasileira é modelo para alguém? Ultimamente estamos mais para Anarquia do que outra coisa”.
Mas vamos voltar ao Museu. Da China feudal à China atual está tudo ali. Fotos, pinturas, esculturas, relíquias históricas... Tudo muito bem documentado.
Encontro entre Mao Tse-tung e o Presidente
dos Estados Unidos, Richard Nixon,
em 21 de Fevereiro de 1972.
As bandeiras de Portugal e China usadas no dia
da assinatura da Declaração Conjunta Sino-Portuguesa
na Questão sobre Macau, em 1987.
A história mostrada no Museu não cita os
anos difíceis sob o comando de Mao Tse-tung -
quando o país voltou a viver um momento conturbado,
com a Revolução Cultural.
Somente com a chegada ao poder de Deng Xiaoping é que
a China começou a se abrir para o mundo,
apesar de alguns problemas no percurso,
como o conflito na Praça da Paz Celestial, em 1989.
Esse, por sinal, é um episódio ignorado
pelo governo chinês. Falar sobre ele é proibido.
Na foto, o encontro de Deng Xiaoping - sucessor de Mao Tse-tung -
com a Primeira Ministra do Reino Unido,
Margareth Thatcher, em setembro de 1982.
A China na Antártica.
O país possui atualmente quatro estações científicas
no continente.
Jiang Zemin, um dos Presidentes da RPC.
Durante seu governo a China recebeu a devolução
do controle sobre Hong Kong e Macau,
respectivamente da Grã Bretanha e de Portugal
(ambas em 1997).
Da esquerda para a direita:
o Primeiro Ministro britânico, Tony Blair,
o Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton,
Jiang Zemin, Presidente da China,
o Presidente da França, Jacques Chirac e
o Presidente da Rússia, Vladimir Putin,
na Cúpula do Millenium das Nações Unidas,
realizada em Setembro de 2000, em Nova Iorque.
Hu Jintao, até recentemente, em 2012, o Presidente da China.
Os Jogos Olímpicos de 2008,
sediados em Beijing, foram sem dúvida alguma
um dos grandes momentos da recente história da China.
O desenvolvimento da China não para:
o país já tem sua própria tecnologia em material
bélico, depois de depender durante anos
dos russos.
Hu Jintao e outros líderes mundiais - entre eles Lula -
no encontro do G-20, na Cúpula dos Mercados Financeiros
e a Economia Mundial,
em novembro de 2008, em Washington.
Em 2003 a China lançou um homem ao espaço
pela primeira vez.
Na foto, a cápsula Shenzhou V usada para
a reentrada na Terra.
Mais um belo painel do Museu.
Havia muita gente, mas o lugar é
tão grande que cabe todo mundo e ainda sobra espaço.
Um dos salões da ala sul abriga uma exposição dos objetos recebidos pelos líderes chineses de outros líderes mundiais, em visita à China. Procuramos bastante e achamos um presente do Brasil.
Painel com o título
"Os intercâmbios de amizade entre as testemunhas da história".
Encontro do BRICS - Grupo que reúne
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - na Índia,
em Março de 2012.
A Presidente Dilma é a primeira, da esquerda para a direita.
Hu Jintao era o Presidente da China.
Salão com presentes dados aos líderes chineses
pelos líderes de outros países.
Tucano de cristal e prata dado pelo então
Presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso e sua esposa,
Dona Ruth Cardoso,
ao Presidente da China, Jiang Zemin, em Abril de 2001.
Jarro de prata e cristal, presente do
Primeiro Ministro de Portugal, Cavaco Silva,
para o Presidente Li Xiannian, em Abril de 1987.
Na entrada do salão, o mapa com a China como o centro do mundo,
como eles costumam mostrar o mapa-mundi por aqui.
Lembrando que Zhōngguó, o nome da China, em
chinês, significa, "País do Meio".