domingo, 29 de abril de 2012

Zoo de Beijing


Conheci o zoológico de Beijing e fiquei um pouco decepcionada. O lugar é enorme, limpo por onde as pessoas andam, mas os bichos parecem largados nas jaulas ou nos espaços a céu aberto, reservados a eles. Mato grande, nenhum sinal de água para os animais. Os pobres dos elefantes estavam dentro de um cubículo! Do lado de fora, onde deveria haver uma vala com água, tudo seco!

Fomos pela manhã e os bichos pareciam dopados. Leões, tigres, elefantes, jacarés, cangurus, zebras, girafas... tudo muito quietinho. Nem os macacos faziam tantas “macaquices” assim. Será fome? Fiquei impressionada com a falta de preparo do zoo. Em uma das jaulas, não lembro de que bicho, a comida estava num pote improvisado numa garrafa plástica de água!

Os aquários não devem ser limpos há anos. Os vidros estão imundos, assim como a água, que estava turva.

O local estava lotado, mas os chineses não parecem se importar com esse “abandono” dos animais. Já fui a outros zoológicos e os bichos, principalmente os mais ferozes, estavam sempre ativos.

E o Panda Gigante? Decepção maior ainda. Primeiro que é pequeno e, segundo, todos eles estavam de preguiça, não é possível. Deitados, largados no chão. E sujos. A barriga do bicho toda amarelada. Estão precisando de um bom banho com shampoo.

O único animal que estava com a corda toda era a tartaruga. Devagarzinho ela vai chegando lá e a que vimos estava toda serelepe. É só ver a foto aqui embaixo. A danada estava... estava... a foto diz tudo. Ficamos rindo e, nessa hora, não é preciso falar a mesma língua. Os chineses que estavam perto da gente entenderam porque estávamos achando graça!

Tartaruguinhas sapecas!

Esses dois hipopótamos trocaram um beijinho. O amor estava no ar!


Na porta do Zoo.


Panda sujo e preguiçoso.


Esse aqui até que deu uma "colher de chá" pra fotógrafa!


Êita soninho...


Olha como esse está encardido.


O de cima só queria se coçar. Vai ver é piolho!


Só conseguimos chegar perto desses aqui.


Detalhe do "recipiente" que é usado para colocar o alimento de alguns animais.


Os bichos estavam numa tranquilidade só.


Até o Rei da Floresta não queria saber de agitação.


Esses dois são mal educados: estavam de costas para o público.


O tigre de begala estava só na sombra, porque a água fresca esqueceram de deixar pra ele.


Nem os cangurus pulavam.


O pobre do elefante estava num cubículo, sem água.



Olha o jeitão dos rinocerontes...

... era hora de descanso.

Até a águia estava quietinha.


O antílope europeu chegou perto pra pegar comida.


É proibido alimentar os animais, mas as pessoas não respeitam.


O avestruz e as zebras estavam mais serelepes por causa da comida.


Gigi, como sempre, adorou a girafa.


É o animal preferido dela.


Esse chimpanzé, velhinho, me lembrou o já falecido macaco Tião, do Zoo do Rio.


Os crocodilos também queriam descanso.


Escultura enorme de uma leoa. Muito legal.

Sunny, Gigi e Gao fazendo pose. Nossas professoras de chinês sempre presentes.


Esse menininho quis tirar foto da gente. Detalhe: a máquina dele estava de cabeça para baixo.


O menino de verde chegou perto da gente falando um monte de coisa: não entendi nada. Fiz o gesto de tirar foto e ele sorriu. Pronto: acertei!


O pólen das flores cobrindo os lagos. Parece até neve!















Aniversário de Casamento


Hoje é um dia especial aqui em casa. Comemoramos 23 anos de casados. Atualmente os casamentos não duram tanto, as pessoas só querem “ficar”, curtir um lapso de tempo... é... é realmente difícil o dia a dia. A frase na “alegria e na tristeza” é uma grande verdade nos casamentos duradouros: é preciso dividir as coisas boas – essas são fáceis, todo mundo gosta – mas o mais complicado é ter que segurar a barra nos momentos difíceis. Aí é que se vê o verdadeiro companheiro que está ao seu lado. Por isso, hoje, passados 23 anos ao lado de meu marido – 28 desde que começamos a namorar – eu posso dizer que tenho uma pessoa especial ao meu lado. Ele é bagunceiro? É. Não adianta eu reclamar, mesmo depois de 23 anos. Ele vai deixando as coisas dele por tudo quanto é canto. Mas por outro lado ele me ajuda muito em casa, principalmente agora aqui na China. As tarefas são divididas e ele não se recusa a ajudar. Às vezes tá de preguiça, mas sempre acaba dando uma mãozinha. Se for preciso lava, passa e cozinha – muito bem por sinal.

É um filho atencioso? Muito. Mesmo longe tá sempre preocupado com os pais. E também com os MEUS pais. Como minha mãe disse uma vez “ele é o cara”.

É um bom pai? Nossa, um paizão! Ele é capaz de tudo por essas duas filhas aqui! Mas é ciumento como ele só. Fico imaginando quando elas aparecerem com namorado... ”E aí, tio?”

Além do Amor, temos duas coisas que acho essenciais em qualquer relacionamento, seja entre marido e mulher ou entre amigos: sinceridade e confiança.

Mas não vou ser hipócrita em dizer que são 23 anos de perfeita harmonia. Ao longo desse tempo passamos por algumas turbulências, mas nada que com um bom papo não pudesse ser resolvido. Às vezes dá vontade de “esganar”, mas a vontade logo passa... kkkk. Lá no início eu discutia, mas depois aprendi que é melhor esperar a poeira baixar, conversar, que tudo volta ao normal. Mas para isso é preciso QUERER que volte ao normal. Querer dividir, compartilhar... Eu erro, ele erra, somos humanos, mas somos cúmplices um do outro e acabamos nos entendendo.

“Môzinho” obrigada por tudo e por todos esses anos! Obrigada por me entender, me dar suporte, me Amar. Obrigada por aguentar minhas chatices! Obrigada por cada momento, principalmente os mais difíceis, em que você sempre esteve ao meu lado. Obrigada pelas filhas lindas que temos! Obrigada por existir! Te Amo, sempre!

Junto com meus maiores tesouros!!



sexta-feira, 27 de abril de 2012

O Show Acrobático

A quarta-feira foi mesmo agitada. À noite fui com as amigas Cris, Ju e Lara assistir ao show dos Acrobatas Voadores, no Teatro de Chaoyang, aqui em Beijing.
Tentamos ir de táxi, mas quem disse que conseguimos? Os taxistas daqui não têm jeito: passam vazios, mas se não querem parar, não param. Resolvemos, então, ir de metrô. Era horário de rush – 18:15 – e não preciso nem dizer que estava cheio! Uma aventura! Tem que entrar no “tranco”, empurrando quem está na frente. A tática é ficar perto da porta, pra facilitar a saída, ou você corre o risco de não conseguir sair.
A melhor coisa que fizemos foi ir de metrô. Era apenas uma estação e levamos menos de 10 minutos pra chegar ao destino. De táxi, naquele horário, levaríamos cerca de meia hora ou mais. Chegamos ao teatro e fomos comprar nossos ingressos. Não entendi nada, porque compramos do mais barato – 180 RMB – e ficamos na área VIP, bem na frente do palco, no meio. O ingresso ali custa 880 RMB!! Acho que a chinesa da bilheteria se enganou, apesar de estar com uma cara de mau humor danada! Enfim... melhor pra gente!
Força, habilidade e muita concentração: o show tem a duração de uma hora e quinze minutos e é realmente muito legal.

 Essa chinesa, toda troncudinha, é danada!

Fez um monte de piruetas lá no alto das cadeiras.

Só no final é que ela colocou um cabo de segurança da cintura. A apresentação é feita sem proteção alguma embaixo. Se errar vai se machucar.

Esses rapazes faziam diversos malabarismos com os chapéus.
 
Essas meninas também são incríveis.
 
 É muita habilidade.


Força e equilíbrio.


Ele desceu os degraus se equilibrando apenas em um dos braços. E rapidinho.


Aqui o de cima se apoia no pescoço do outro.

Incrível!

Esses dois ficavam rodando e rodando...

...dá até pra ficar tonta.

Essa parte das bicicletas também é muito legal.

E bonita também!

O último número foi o dos motoqueiros no globo da morte. As motos vão entrando, uma a uma, até um total de 7. Isso mesmo: 7 motos dentro do globo. É incrível como eles acham espaço pra se mover tão rápido e tão perto uns dos outros. Mas a sincronia é perfeita. Na apresentação final dos artistas a surpresa foi ver a cara dos motoqueiros: todos muito novinhos. É um espetáculo que vale a pena conferir!

  Momento em que três motos estavam dentro do globo.


Sete jovens e o grito de guerra: "U-rrá".

Finalmente a Muralha!!!

Cheguei aqui na China no início de Janeiro e estava ansiosa por visitar a Grande Muralha. Já tinha passado bem perto de um dos trechos dela, mas não é a mesma coisa que “pisar” no local. Eu queria ter ido quando estava nevando, mas a turma aqui de casa não quis com medo do frio. Então, na quarta-feira (25/04), fui com algumas amigas fazer o tão esperado passeio. Conheci o trecho de Mutianyu, localizado na província de Huairou, 70 km a nordeste de Beijing. Esse ponto, que começou a ser construído no século VI, é considerado uma das partes mais bem conservadas da Muralha. Tem 2,250 metros de comprimento com 22 torres de observação. A Muralha da China tem, no total, 8.850 quilômetros de extensão, e corta o país ao norte, de leste a oeste. Seus primeiros trechos começaram a ser construídos em 221 a.C., ou seja: Mutianyu é um trecho “novo”.

O acesso à seção de Mutianyu pode ser feito de cable-car (bondinho) e de teleférico (com cadeira de dois lugares). Optamos por ir e voltar de bondinho. Existe também a descida num tobogã com carrinho de rodinhas, mas estava ventando e um pouco frio, e resolvemos deixar essa experiência para uma futura visita.

Ladeira de acesso ao cable-car.

O comércio de souvenirs é grande.

Lá vai o bondinho.

Em menos de 5 minutos chegamos lá em cima.

Neide, Ana, Sr. Paulo, Cris, Melissa, Lara, Gigi, Ju e eu lá atrás.

Lá no alto da Muralha fiquei tentando imaginar como os chineses construíram algo tão grandioso. A intenção deles de proteger as cidades de invasões dos povos do norte fez surgir a maior estrutura militar de defesa já concebida pelo homem. Mas a Muralha não impediu o ataque de outros povos, principalmente os Mongóis. Por causa dessas invasões, vários trechos acabaram sendo danificados e em muitos pontos a construção foi paralisada. Os trabalhos na muralha foram sendo retomados ao longo dos séculos e chegou ao auge na Dinastia Ming, por volta do século XV, quando adquiriu o aspecto atual. Na década de 80 o governo chinês resolveu restaurar vários trechos, recuperando parte da história do país.

 A poucos metros da Muralha.

Eu, Ana, Cris, Ju, Lara e Neide.

É interessante ver a Muralha "serpenteando" por entre as montanhas, subindo e descendo. Alguns trechos são planos e outros bem íngremes, com degraus de tamanhos irregulares, o que torna o trajeto cansativo. É preciso ter um bom preparo físico para explorá-la.
A Grande Muralha da China.

Mais um sonho realizado!

Em 2007, a Muralha da China passou a ser considerada uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. Desde 1987 ela também faz parte do Patrimônio Mundial da UNESCO.
 Duas das 22 torres da seção de Mutianyu.

Trecho bem íngreme.

 Pra variar, os chineses aproveitando pra tirar foto com a Gigi.

 Depois eles quiseram tirar foto com a bandeira do "Baxi"

Gigi linda!


 Levando o Brasil a todos os lugares.


E o vascão também!!


Pretendo visitar outras seções para poder ver suas diferenças. Mas já posso afirmar que, sem dúvida alguma, a Grande Muralha é o principal ícone da grandiosidade da China. Os chineses podem ser pequenos de tamanho, mas há muito tempo que só “pensam grande”!

OUTRAS FOTOS DA MURALHA