Shanghai, que em chinês significa “Acima do Mar”, é a cidade mais populosa da China, com cerca de 20 milhões de habitantes. Fica no leste do país, as margens do Oceano Pacífico, a 1643 Km da capital Beijing. A cidade, maior centro financeiro e comercial da China Continental, se divide em duas grandes regiões: no lado oeste, chamado de Bund, estão os pontos históricos e a badalação noturna com o charme da velha Shanghai. Do lado leste está Pudong, a área nova, o centro econômico e financeiro com seus arranha-céus moderníssimos.
Optamos por visitar apenas a Torre de TV Pérola Oriental, um dos principais pontos turísticos da cidade. Antes, no entanto, nosso guia, um chinês que falava espanhol e que apelidamos de Miguelito, nos levou ao mercado da seda. Lá conhecemos, passo a passo, o ciclo da seda. Muito interessante ver os casulos de onde eles tiram o fio. Um processo artesanal em várias etapas. O guia do museu nos mostrou como são feitos os forros de seda dos edredons: mais de 500 camadas confeccionadas manualmente. Perguntei se não eram feitos em máquinas e ele me disse que não. Custo a acreditar que todos aqueles edredons, que depois vimos na parte de venda, tenham sido feitos somente à mão. É muito artesanal! Mas muito interessante de se ver.
Esse pequeno pedaço de seda...
...é esticado para fazer o forro dos edredons. São camadas e mais camadas.
O bicho da seda é a larva de uma mariposa que coloca centena de ovos. Esses ovos se transformam em casulos. Para retirar o fio da seda é preciso sacrificar o bichinho antes que ele complete sua metamorfose, porque a mariposa, para se livrar do casulo, danifica os fios da seda. Os casulos são colocados na água e o movimento do bicho, dentro deles, solta os fios. Uma máquina, então, puxa esses fios e os enrola. Esses fios são usados para confeccionar echarpes, lençóis, almofadas e diversos tipos de roupa. Incrível como os fios são resistentes. Para os forros dos edredons os casulos são molhados e abertos. Eles são esticados e misturados, uns aos outros, aumentando sua espessura. Depois são esticados até atingirem o tamanho desejado.
Os casulos.
O casulo maior contém duas larvas.
A máquina que puxa os fios dos casulos.
Detalhe dos fios.
Os fios vão sendo enrolados nesses carretéis.
Lençóis de seda.
E que tal essa "cuequinha"pra chamar dinheiro?
Do museu da seda nosso guia nos deixou na Praça do Povo, no centro da cidade, onde fomos pegar o metrô para ir até a Torre. Miguelito ficou com medo de nos deixar ali, achando que íamos nos perder. Explicamos pra ele que somos “brasileños” e que somos “safos”. Dentro da estação olhamos no mapa aonde queríamos ir e pronto, lá fomos os 13 passear de metrô, até a Torre Oriental.
A Torre está localizada no moderníssimo distrito de Pudong. Quando saímos da estação demos de cara com ela. Com seus 469 metros de altura, é a torre mais alta da Ásia, e a terceira mais alta do mundo. Possui cinco esferas, sendo três abertas a visitação. Fomos nas três. A mais alta, a chamada Space Ship – nave espacial - está a 350 metros de altura. Abaixo dela está o Sightseeing Floor, ou andar turístico, a 263 metros de altura, e a 90 metros fica a Space City – cidade espacial. A vista lá de cima é muito bonita. Pode-se ver o rio “serpenteando” pela cidade e vários barcos - todos iluminados com muito neon – que fazem um passeio noturno que dizem ser muito bonito. Ficou pra próxima.
A Torre Pérola Oriental. Na praça da frente "esqueceram" de desmontar a árvore de Natal.
Mais uma vez, Brasiiillllll!!!!
A melhor e mais emocionante parte da torre está no Sightseeing Floor. Ali, assim como na Torre de Macau, há um piso todo de vidro, que dá um “friozinho na barriga” só de pisar. É um tal de sentar e deitar no chão para parecer que está flutuando nas alturas...
O piso de vidro.
Dá um "medinho"!!
Shanghai à noite é realmente um espetáculo com os prédios de design futurista todos iluminados, mudando de cores, piscando. Dois deles merecem destaque: o Shanghai World Financial Center, mais conhecido como abridor de garrafa, tem 492 metros de altura e é o prédio mais alto da China, e o 4º mais alto do mundo. Em termos de edificação só perde, na China, para a Canton Tower, localizada em Guangzhou e que tem 600 metros de altura.
Bem perto do SWFC está a Jin Mao Tower, com seus 421 metros de altura. Era a construção mais alta da cidade até a inauguração do Shanghai World Financial Center, em 2007.
O SWFC, a Jin Mao Tower e as Torres do IFC.
Mas as megaconstruções chinesas estão longe de acabar. Em 2014, bem ali ao lado do SWFC será inaugurada a Torre de Shanghai que, com 632 metros de altura, será o segundo edifício mais alto do mundo.
Vista lá de cima da Torre Pérola.
Olha a Árvore de Natal, lá embaixo.
Shanghai à noite é realmente um show!
Luzes pra tudo quanto é lado.
Um dos barcos no passeio noturno pelo rio.
Após visitarmos a Torre, passamos por um grupo de senhores e senhoras orientais que estavam à espera do ônibus deles de excursão. Eles estavam cantando e nós passamos batendo palmas. Pra quê? Eles adoraram, começaram a cantar ainda mais alto, enquanto nós batíamos palmas no ritmo da música. Orientais e ocidentais em perfeita harmonia.
Mais uma pra Gigi guardar de lembrança.
Na rua ela também foi parada.
Num bar da Coca-Cola, no subsolo da Torre.
Chinesas e brasileiras!!
A Torre nos prestou uma homenagem: cores do Brasil!
O trânsito em Shanghai parece ser melhor do que aqui em Beijing. A cidade não é tão espaçosa como a capital e para desafogar o trânsito ela possui inúmeros viadutos. Em alguns pontos são vários passando uns por cima dos outros. Alguns bem altos.
Viadutos de Shanghai.
Shanghai é considerado o maior porto de carga do mundo e é um ícone do desenvolvimento chinês. Uma cidade que merece uma nova visita, com mais tempo e calma. E quem sabe, na próxima vez, vamos de Trem Bala. Esse passeio não pode faltar!
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