Passava das quatro da tarde quando terminamos nossa visita ao Sítio Arqueológico do Homem de Pequim. Pelo
nosso roteiro, o lugar seguinte a ser visitado era o Templo Yunju. Mas a turminha mais nova não gostou muito da ideia de
visitar MAIS um templo aqui na China e decidimos pular para o quarto e último
ponto de visitação: Shidu. Pelo
adiantado da hora vimos logo que seria uma passagem só para fazer o
reconhecimento do local, para uma futura visita. Como sempre, escrevemos o nome
de destino no GPS do carro e lá fomos nós.
Shidu, no ponto "D" foi nossa última parada.
Foi uma “pernada” longa, cerca de uma hora, num trecho de
aproximadamente 48 quilômetros.
Na estrada para Shidu
passamos por pequenas cidades, bem simples, numa região repleta de lojas de
material de construção. Resultado: muitos caminhões, o que nos obrigou a andar
mais devagar.
Muitos caminhões na estrada, com cargas pesadíssimas.
Shidu fica numa região
cercada por grandes montanhas de pedras, que formam diversos canyons. O local é o
único grande relevo de calcário cárstico
no norte da China e também o maior cenário natural, em Beijing. Relevo cárstico é uma combinação de
rocha solúvel + água.
Montanhas de pedra ao longo de toda a estrada.
O caminho é bem bonito. Mas a estrada estava repleta de obras e o rio da
região, o rio Juma, estava com um
nível bem baixo em alguns pontos, e em outros praticamente seco.
Os chineses devem usar essa época de pouca chuva para “segurar” a água
em alguma represa ali por perto, aproveitando para realizar obras de
infraestrutura na região. Há novas pontes sendo construídas e a estrada está sendo
ampliada.
Acredito que logo o rio volte a seu nível normal, porque a região é conhecida
por oferecer diversas atividades ao longo do rio Juma.
O lugar é chamado de Ten Ferries
Scenic Spot, algo como Ponto Turístico das Dez Balsas. O nome Shí dù (十渡), numa tradução literal, quer dizer “Dez
travessias”.
Antigamente as pessoas usavam pequenas balsas para atravessar cada curva
do agitado rio Juma - dez no total. Com
o tempo, pontes substituíram essas travessias e, hoje em dia, cruzar o rio de
balsa é uma das atrações turísticas do local, assim como fazer rafting.
Imagens de Shidu retiradas do site
Quando chegamos num ponto que parecia ser o principal da região, vimos
logo que chegamos depois do horário: cadê aquele “monte” de chineses? O lugar
estava vazio. Mas aproveitamos para tirar algumas fotos e marcar o lugar no
GPS, para voltarmos daqui a alguns meses.
Nesse local existe um bondinho que leva ao topo de uma montanha e de lá
cruza a estrada por um segundo trecho de bondinho. Esse segundo ponto é bem no
alto e, logo ao lado da estação do bondinho, pude perceber que há uma passarela
de observação com piso provavelmente de ferro e de vidro, que se projeta no
vale. Deve ser uma sensação e tanto!
A primeira etapa do bondinho leva até a estação no alto dessa montanha.
O segundo trecho leva a essa montanha, mais a direita.
À esquerda a estação do bondinho e mais à direita
a plataforma de observação.
Provavelmente um templo. Fica do outro lado da margem do rio,
em frente à estação do bondinho.
Vi que é possível retornar para a primeira estação do bondinho numa
espécie de tirolesa, mas numa posição como se estivesse voando. Deve ser muito
radical! Quero voltar lá para viver mais essa “aventura”! Dá pra voltar também
numa espécie de aviãozinho.
Atrações bem diferentes para cruzar entre as montanhas.
Pra quem gosta, há também duas plataformas de bungee jump. Mas nisso, eu “tô fora”!!!
As plataformas de bungee jump.
Nossa exploração no Distrito de Fangshan terminou por aqui. Visitar as
cavernas, saber um pouco mais da origem do homem e ficar em contato com a natureza,
longe da grande cidade, foram coisas bem interessantes. Já estou ansiosa pelo
próximo passeio!
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