quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Ho Chi Minh e Nha Trang - conhecendo mais do Vietnam - parte 2


No post anterior falei sobre a nossa visita ao Museu de Vestígios da Guerra. Pois bem, depois do Museu seguimos nosso tour de triciclo parando numa fábrica de laca. Móveis e artigos de decoração em laca são típicos do Vietnam. Não é muito do meu gosto, mas valeu a visita.

Fábrica de laca.

A laca é uma resina obtida de uma planta. Normalmente é feita sobre artigos de madeira. Para se chegar ao produto final são utilizadas várias camadas de laca, passando ainda por um processo de polimento e secagem. Acompanhamos parte da fabricação de alguns produtos com detalhes feitos com pedaços de concha e casca de ovos.

Painel explicando o processo de produção da laca.

Artesão trabalhando.

Cascas de ovos para compor as peças.

Conchas também são usadas na decoração.

Artesãos no trabalho de pintura...

...e polimento.

Depois, uma visitinha ao showroom, como é de praxe.


Produtos à venda.

De pequenos enfeites a móveis.


Da fábrica seguimos para o Templo do Imperador de Jade que homenageia o Rei de Todos os Céus, Ngoc Huang, principal divindade taoísta.

Templo do Imperador de Jade.
Um de nossos condutores disse que o local
também é conhecido como Templo da Sorte.


O lugar é simples e me pareceu até meio largado. Um poço ao lado da entrada do templo abriga dezenas de tartarugas, animal símbolo de boa sorte e fortuna no Vietnam. No portão principal, algumas senhoras oferecem tartarugas aos visitantes que costumam escrever seus nomes ou algum pedido nos cascos dos bichinhos para depois coloca-los no poço.


Dezenas de tartarugas.


Mais adiante vimos ainda uma tartaruga gigante, que fica fechada numa pequena piscina.

A tartaruga gigante.

No interior do templo, a sala principal abriga a estátua do Imperador de Jade.

Acendedor de incenso na frente do templo.

Entrada para os salões.

Imagem do Imperador de Jade...

...Ngoc Huang.


Uma das salas do interior do templo.

Um antiga figueira cobre o pátio central.

No pátio central.


Nossa parada seguinte foi na Notre Dame de Saigon (Nhà thờ Đức Bà Sài Gòn), catedral construída durante o império francês e concluída em 1880. Sua fachada foi feita com azulejos trazidos de Marselha, na França. Olhando de longe eles parecem tijolos. As duas torres do campanário têm 58 metros de altura. 

 
Notre Dame de Saigon.


Em 1962, o Papa João XXIII conferiu à catedral o status de Basílica. Ela também é conhecida como Basílica de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.

Acesse o link abaixo para ver a diferença entre Basílica, Catedral, Igreja, Capela e Santuário.

A catedral estava fechada para almoço – no Vietnam quase tudo fecha entre meio-dia e uma e meia da tarde. Voltamos no final da tarde e conseguimos entrar. A igreja é simples, mas bonita. Os vitrais da parede não são mais os originais, da província francesa de Chartres, que foram destruídos na Segunda Guerra Mundial.

O interior da catedral.

Os vitrais.

Uma imagem de São José.

Bem na frente da Catedral foi colocada uma grande estátua da Virgem Maria, que foi esculpida em Roma e levada para o local em 1959.

Imagem de Nossa Senhora.

Vimos vários casais de noivos tirando foto do lado de fora da Basílica. Também havia uma manifestação, mas não sei por qual motivo.

A Catedral e Nossa Senhora, ao fundo,
e ao lado um casal de noivos.

Outro casal usando o local
para tirar fotos de casamento.


Manifestação na frente da catedral. 


Ao lado da Notre Dame de Saigon fica outra atração da cidade: o prédio do Correio Central, que foi projetado pelo arquiteto francês Gustave Eiffel, entre 1886 e 1891. 

Correio Central.

Na fachada estão os nomes de franceses famosos, como
Claude Chappe (criador do primeiro sistema ótico de comunicação)
e André-Marie Ampére (físico).

O interior do prédio é muito bonito e abriga uma grande foto do líder Ho Chi Minh, ao fundo.

O interior lembra as antigas estações de trem.

Cabines telefônicas.

Abaixo do mapa com parte do Vietnam,
relógios marcando a hora em diferentes países.

Aqui o mapa de Saigon.


Após conhecermos o Correio Central fomos almoçar e nos despedimos de nossos condutores fazendo o restante do passeio, à tarde, a pé.

O Palácio da Reunificação foi nossa primeira parada pós-rancho. A construção fica numa área enorme, rodeada de muito verde. No século XIX, o local servia de residência ao governador-geral francês, e a partir de 1955 passou a ser ocupado pelo então presidente do Vietnam, Ngo Dinh Diem, sendo chamado de Palácio Presidencial.


Palácio da Reunificação.


Em 1962 parte do Palácio foi destruída num ataque aéreo da Força Aérea Vietnamita, numa tentativa de assassinar o presidente, que saiu ileso.

O prédio tem uma série de salões que eram usados para reuniões e recepções. Tudo muito amplo.

Um dos muitos salões do Palácio.

Salão usado para as reuniões entre o Presidente
e seu Ministério.

Foto de uma reunião no local em 19 de Fevereiro de 1974.

Salão de Conferências.

Foto do salão em 21 de Novembro de 1975,
numa reunião entre representantes do Norte e
do Sul do Vietnam para tratar da
reunificação do país.

Salão presidencial.


Belo tapete num dos corredores do Palácio.



a
Mais dois belos salões.
Muita ostentação para um país tão pobre.


Jardim no interior do Palácio.

Aposentos presidenciais.

Sala da Primeira Dama.

Cinema.

Salão de jogos.

Vista da sacada do Palácio.

Tem até quadra de tênis.

Heliponto do Palácio.

No subsolo há um bunker – abrigo – que servia como centro de operações militares. Suas paredes abrigam mapas antigos, e em suas pequenas salas estão expostos os equipamentos de comunicação usados na época.

Mapas no bunker.


Equipamentos de comunicação.

Central telefônica.

Sala de operação de rádios.

Sala de telex.


Antigos aparelhos de telex.

Amanda no corredor do bunker.

Mercedez-Benz usada pelo presidente. 


Continuamos caminhando pela cidade e paramos no Museu da Revolução, também chamado de Museu de Ho Chi Minh. O local estava vazio e ao que tudo indica não é muito procurado.



Museu da Revolução.

A construção, que também foi usada como residência do governador-geral francês, mostra a história da cidade durante a ocupação francesa – quando se chamava Saigon – e expõe parte da luta dos vietnamitas contra o imperialismo.

Bandeira dos Vietcongs.

Reprodução dos Vietnamitas celebrando a vitória
do Vietnam do Norte em plena Saigon.

Independência ou morte? Já vi isso em algum lugar!!!!

Antiga tipografia.

Uma velha motocicleta...

...e uma velha bicicleta vietnamita. 

 
Escadaria logo na entrada.

O local também possuía um bunker.

Mobília do bunker.


No pátio externo, assim como no Museu de Vestígios da Guerra - mas em número muito menor - estão expostos aviões e tanques usados em combate.

Tanque de Guerra.

Caça F-5 usado pelos Vietnamitas do Norte 
no bombardeio ao Palácio
Presidencial em abril de 1975.


Helicóptero americano adaptado para
a Força Aérea do Vietnam.

Um velho Simca.

Antigos veículos usados pelos
vietnamitas.
 

Carro em exposição na frente do Museu.


Seguindo caminho de volta ao hotel passamos pelo Edifício do Comitê do Povo, que abriga o governo da cidade e que não está aberto a visitação. A construção de 1908, que tem como modelo a prefeitura de Paris, abrigava o antigo Hotel de Ville.

Edifício do Comitê do Povo.

Bem na frente do prédio do Comitê do Povo existe uma praça com uma grande estátua de Ho Chi Minh segurando uma criança no colo.

Estátua de Ho Chi Minh segurando uma criança.

Praça em frente ao Comitê do Povo.


Essa região chama a atenção pela mistura do antigo e do moderno. De um lado podemos ver, além do Edifício do Comitê do Povo, o Rex Hotel, que serviu como base aos jornalistas que cobriam a Guerra do Vietnam, o Teatro Municipal, também conhecido como Opera House, e dezenas de lojas de grife, como Chanel, Louis Vuitton, Ralph Lauren entre outras. É o capitalismo escancarado em mais um país dito socialista.

O Rex Hotel.

Continental Hotel, outro clássico da
arquitetura francesa em Ho Chi Minh.


Caravelle Hotel.
Também abrigou jornalistas
e diplomatas durante a 
Guerra do Vietnam.

Ralph Lauren...

...Ermenegildo Zenga...


...Louis Vuitton...

...Gucci...


...Chanel. 
Uma quadra que contrasta com a pobreza
do Vietnam.


O Teatro Municipal, ou Opera House.
Construção em estilo neoclássico que
recebia a fina flor da sociedade francesa, 
na época da colonização.














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