Faz uma semana que a Copa do Mundo de futebol começou no Brasil
e as emoções aqui na China são praticamente “zero”.
Na estreia da Seleção Brasileira diante da Croácia fomos a um
restaurante aqui de Beijing, a convite da Embaixada do Brasil, e foi
difícil segurar o sono até às três da manhã. Esse é um dos problemas: o horário
das partidas pra gente do outro lado do mundo. Jogo às 13h no Brasil, meia-noite
na China. Às 16h? Três da matina em Beijing. O melhorzinho é o das 19h ou seis
da manhã.
Esse olhão aberto durou pouco.
Ela dormiu o tempo todo do jogo.
Bola rolando em São Paulo.
Não podia faltar uma foto com o Fuleco.
Sempre gostei de acompanhar o maior número possível de jogos numa Copa
do Mundo. Seja por causa do trabalho ou por prazer próprio. Adoro futebol e a
Copa é o momento máximo do esporte.
Visto a camisa, torço, sofro... Mas esse ano, sinceramente, tá difícil
vibrar muito. Não estou achando o Brasil com um time confiável, mas o futebol,
como dizem, “é uma caixinha de surpresas”. A até então toda poderosa Espanha,
campeã do mundo, não acaba de ser eliminada? Tudo pode acontecer.
Confesso que me emocionei no segundo jogo do Brasil, contra o México, ao
ouvir a torcida cantar, à capela, nosso Hino Nacional (no jogo de estreia o
áudio do restaurante estava horrível). Mas isso não é novidade. Sempre que ouço
o Hino do Brasil não consigo segurar a emoção. Em 1994 estava nos Estados
Unidos e fui aos dois primeiros jogos da Seleção na Copa, em Palo Alto,
Califórnia, contra Rússia e Camarões. Enrolada na bandeira brasileira, chorei.
Guardo essa bandeira até hoje: a bandeira do Tetra.
Aqui a gente só sabe que tem Copa rolando por causa de alguns poucos anúncios
nas ruas e pela grande Brazuca em frente à loja da Adidas, no Sanlitun. Na
praça central do Taikoo li (Tàigǔ lǐ
sānlǐtún,太古里三里) – antigo Village - montaram um stand onde é possível participar de uma competição de chutes a gol
contra um goleiro-robô e visitar uma pequena exposição com artigo da Adidas, é
claro.
Os jogadores brasileiros se destacam
nas propagandas da Copa por aqui.
Estou até me surpreendendo com a TV chinesa: a estatal CCTV está com a programação do Canal 5 voltada para o Mundial. Até agora passaram todos os jogos. Chato é acompanhar a narração do locutor chinês. Ele leva a partida sozinho, sem comentarista, e na hora dos gols não solta nenhum “gooollll” em chinês (nem sei como se fala “gol” em Mandarim. Taí algo que preciso saber).
Tenho programado o despertador para me acordar na madrugada, mas só levantei, até agora, para o segundo jogo do Brasil. Nas outras vezes preferi o sono. Vamos ver se me animo daqui em diante.
Com esses jogos na madruga sigo solitária – e desconfiada - na torcida pelo hexa (meu marido e minha filha mais nova nem pensam em acordar). Mas de camisa do Brasil vou seguir torcendo, na esperança de ver nossa seleção brilhar, apesar do futebol “chinfrim” até agora. Só tenho que me conter pra não gritar, no meio da noite, e acordar os vizinhos chineses. Brasiiiillllll!!!
O Blog também é diversão
Você
conhece bem a história das Copas? A partir de 1970, na Copa do México, quando o
Brasil ganhou o tricampeonato e levou para casa, definitivamente, a Taça Jules
Rimet - depois roubada da sede da CBF, no Rio de Janeiro - as bolas da
competição passaram a ter um
nome oficial. Você sabe todos eles? Tente se lembrar. As respostas estão lá no
final do post. Boa sorte!
México, 1970.
Alemanha, 1974.
Argentina, 1978.
Espanha, 1982.
México, 1986.
Itália, 1990.
Estados Unidos, 1994.
França, 1998.
Coreia do Sul e Japão, 2002.
Alemanha, 2006.
África do Sul, 2010.
Brasil, 2014.
Respostas:
México, 1970.
O mundo viu uma das mais brilhantes seleções de todos os tempos fazer a festa nos gramados mexicanos. Não dá pra falar somente de um jogador:
Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gérson e Rivelino;
Jairzinho, Pelé e Tostão. Isso sem falar nos reservas. O time comandado por
Zagallo entrou para a história. E a bola do Tri, tão bem tratada pelos
brasileiros, se chamava Telstar. Foi
a estreia da bola com gomos em preto e branco nos Mundiais.
Alemanha, 1974.
O mundo se encantou com a Laranja Mecânica, a seleção holandesa, mas os
campeões foram os donos da casa. A bola usada nos gramados alemães era “irmã” da bola do México, e se
chamou Telstar Durlast.
Argentina, 1978.
A Copa em que o Brasil foi campeão moral. A Copa em que os peruanos
entregaram o jogo para os argentinos, que chegaram a final contra a Holanda e
conquistaram seu primeiro título mundial. A bola que rolou nos gramados dos Hermanos
não poderia ter um nome diferente: Tango.
Espanha, 1982.
O Brasil de Telê Santana jogava um futebol bonito, mas ficou no caminho,
caindo diante de Paolo Rossi e companhia, na Tragédia do Sarriá. Os italianos
foram os campeões, chegando ao tricampeonato. A bola usada na Espanha também
era “parente” da anterior e recebeu o nome de Tango Espanha.
México, 1986.
Os gramados mexicanos, de tantas boas recordações para o Brasil, viram a
Argentina, de Diego Maradona, ser campeã pela segunda vez. A Seleção Brasileira
parou nos pênaltis, diante da França. A bola da Copa do México, dessa vez,
recebeu um nome bem local: Azteca.
Itália, 1990.
Alemanha e Argentina disputaram a final. Quem vencesse chegava ao tri. A
vitória foi alemã. Na pior campanha desde a Copa de 1966, o Brasil foi eliminado
nas oitavas-de-final pela rival Argentina, num gol de Caniggia. A bola italiana
se chamava Etrusco Único.
Estados Unidos, 1994.
O ano do Tetra, do Brasil de Romário, Bebeto e companhia. Vencemos a
Itália na cobrança dos pênaltis, com a ajudinha de Baggio, o craque italiano
que isolou a bola, batizada de Questra.
França, 1998.
A Copa em que Zinedine Zidane e seus companheiros conquistaram o primeiro
título da França. Quem não lembra da final contra o Brasil? A partida em que
Ronaldo, o fenômeno, passou mal e descontrolou todo o time? A bola francesa, a
primeira colorida dos Mundiais, se chamava Tricolore,
e levava as cores do país anfitrião, bleu, blanc, rouge: azul, branco e
vermelho.
Coreia e Japão, 2002.
Foi o ano do Penta, da seleção comandada por Felipão, e que marcou a
redenção de Ronaldo, com o Brasil atropelando a Alemanha na final. Pela
primeira vez a Copa do Mundo foi sediada em dois países ao mesmo tempo. A bola
usada nos gramados do oriente foi a Fevernova.
Alemanha, 2006.
Todos esperavam a Alemanha na final, mas a decisão foi entre Itália e
França. Zidane, entrando nas provocações de Materazzi, deu uma cabeçada no
adversário e foi expulso de campo, facilitando o trabalho dos italianos, que
chegaram ao Tetracampeonato Mundial. O Brasil caiu nas quartas-de-final, diante dos franceses. A bola usada
na Copa recebeu o nome de Teamgeist
e tinha uma particularidade: levava impressa em sua superfície a data, o nome
do estádio e das seleções de cada confronto. Na final foi usada uma versão
especial, chamada de Teamgeist Berlin, que
era composta por detalhes dourados.
África do Sul, 2010.
A primeira Copa no continente africano teve um campeão inédito: a
Espanha. A seleção brasileira parou nas semifinais diante da Holanda. A Jabulani fez sucesso nos gramados da
África e assim como na final da Copa anterior, ela teve uma edição especial
para a decisão: a Jo’bulani, também
em versão dourada.
Jo’bulani
Brasil, 2014.
Nos gramados brasileiros está rolando a Brazuca, uma bola multicolorida. Será que na final ela vai ter uma
versão diferente? E será que o nome muda? É esperar pra ver.
Ah, pode ser que Thiago Silva não levante a Taça Fifa, mas eu, aqui do outro lado do mundo, já tive meu momento de glória!!!!
A danada da Taça era pesada!!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário