terça-feira, 9 de outubro de 2012

Tour de Beijing

Como fã de esportes não poderia deixar de ver a passagem dos ciclistas do Tour de Beijing, penúltima etapa do UCI World Tour (International Cycling Union) aqui perto de casa. É a segunda vez que a prova é realizada na capital chinesa. A primeira foi no ano passado.

O Tour de Beijing está sendo disputado por 19 times, num total de 143 competidores.

Há equipes da Austrália, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grã Bretanha, Holanda, Itália, Kazaquistão, Luxemburgo, Rússia e, é claro, da China.

A competição é dividida em cinco estágios. A largada foi hoje, às 14h na Praça da Paz Celestial. Cerca de 8 minutos depois os ciclistas estavam passando bem em frente ao famoso Silk Market – onde fiquei para prestigiar a prova. Como eu já esperava, foi uma passagem “relâmpago”, já que os atletas estavam a toda velocidade. Acho que vi uns 10 segundos! Mas consegui tirar algumas fotos.

Para a passagem das bicicletas a Jian Guo Men, principal e maior avenida de Beijing, foi interditada no sentido oeste-leste.

O Silk Market ao fundo e os guardas interditando o cruzamento com a Jian Guo Men.


A etapa de hoje tem 117 km e termina no Estádio Olímpico, o Ninho de Pássaro.

Amanhã os competidores partem para o estágio 2, de 126 km e que termina em Men Tou Gou, distrito de Beijing onde está situada a Ling Shan Mountain, a montanha mais alta dos arredores da capital.

No terceiro dia de competição os ciclistas percorrem mais 162.5 km até a seção da Muralha da China, em Badaling.

Na sexta-feira, o quarto estágio vai de Yan Qing até Chang Ping, num trajeto de 165.5 km.

A prova termina no sábado, dia 13, com o maior percurso: 182.5 km de Chang Ping até Ping Gu, considerada a cidade dos pêssegos aqui da China.

O UCI World Tour é a principal competição do ciclismo mundial e é composto de 29 eventos. Os mais famosos são o Tour de France, o Giro d’Italia e a Vuelta a España.

Os três primeiros da prova, na altura do Silk Market.


Os ciclistas ainda bem "embolados" num único pelotão.


Não durou nem 10 segundos na minha frente.


As equipes de apoio vieram na sequência.




Long Qing Xia


No sábado, como amanheceu mais um bonito dia de outono, com céu azul e um sol “quentinho”, resolvemos explorar um pouco mais da beleza natural da China. Marcamos o local no GPS e fomos para o passeio. Depois de cerca de 1h e 30 min de viagem chegamos a Yan Qing, cidade a cerca de 90 km do centro de Beijing. Mas não conseguíamos achar o local que escolhido, o Desfiladeiro de Long Qing Xia. Paramos num posto de gasolina e conseguimos informações com duas chinesas que trabalham. Elas foram muito simpáticas e nos mostraram que direção tomar.

Que GPS que nada: tentando achar a direção correta 
com as chinesas.

  
Yan Qing é bem arrumadinha, ampla, e o local está todo decorado para receber o Tour de Beijing, competição de bicicleta que acontece por aqui de 9 a 13 de outubro. É a penúltima etapa do UCI World Tour (International Cycling Union). Num próximo post eu falo sobre esse tour. Yan Qing é considerada um modelo de cidade ecológica e seu ar puro é comparado aos de Viena e Zurique, na Suíça.

Decoração pronta para o Tour de Beijing.

Entrada da cidade.

Como sempre, belos jardins.


Depois de mais uns 10 minutos de carro chegamos finalmente a Long Qing Xia, ou Desfiladeiro Long Qing, Desfiladeiro do Grande Dragão. “Long” significa Dragão; “Qing” significa honra ou celebração e “Xia” quer dizer desfiladeiro. Algo como “Desfiladeiro em Honra ao Dragão”. Segundo a lenda chinesa, o dragão ia até ali para celebrar a beleza natural do local. E não é que o dragão estava certo? O lugar é um enorme vale formado por canyons e um grande lago, onde é possível fazer um belo passeio de barco.


Em frente a bilheteria.


É o mesmo local onde estivemos logo que chegamos à Beijing, em janeiro, e onde acontecia o Festival das Lâmpadas e do Gelo. É só dar uma olhadinha no meu 13° post, “Entrando numa fria, parte 2”.

Dessa vez nada de gelo, mas estava friozinho. É que a temperatura de lá costuma ficar uns 4 graus abaixo da temperatura de Beijing. Os termômetros deviam estar em torno de 14 graus.  Para entrar foi preciso pagar 5 RMB por pessoa para pegar o carrinho até a praça principal. Criança até 1,2m de altura não paga. Gigi tem um pouco mais, mas não pagou!

Na "pracinha" da entrada.

O desfiladeiro fica bem no topo da represa, construída em 1973 para abastecer Beijing. Quando estivemos aqui em janeiro, toda a parte debaixo estava sem água e repleta de esculturas de gelo.



No Festival das Lâmpadas e do Gelo algumas esculturas estavam neste local.

Subimos uma série de escadas rolantes localizadas dentro da figura do grande dragão, que fica do lado direito da represa – olhando de frente para ela.

 A figura do dragão "esconde" as escadas rolantes.

 Subindo para o passeio de barco.

 Paredão da represa visto de cima.

 Visão de cima.

Lá em cima a primeira visão é a do lago, com os barcos que nos levam ao passeio, e as cadeirinhas do teleférico que vai até o topo de um dos picos, a cerca de 70 metros de altura. Acabei não subindo: deixei pra próxima vez.

Teleférico.

Fomos direto para o passeio de barco, que custou 140 RMB por pessoa (R$45,00) – mais uma vez Gigi não pagou. O desfiladeiro cobre uma área de aproximadamente 120 km quadrados, mas apenas cerca de 6km estão abertos ao público. É muito bonito navegar por entre os canyons. Um passeio tranquilo. Pena que não deu pra entender nada do que a guia do barco falava – em chinês, é claro.

No barco.

Um grande lago entre as montanhas.


Um belo visual.

Passeio tranquilo.

Chinesinha linda.

E as minhas "gatinhas" também curtindo o passeio.


Durante o passeio fomos surpreendidos por um “maluco chinês” que fica se equilibrando num cabo de aço, a muitos metros de altura. Doido. Me lembrou de um brinquedo do “Mickey equilibrista” que eu tinha quando criança!

Tem doido pra tudo.

Olha o maluco lá no alto.


Quem quiser pode explorar a parte do lago em que o barco não entra, em pequenas canoas. Aí é cada um por si, remando por conta própria. Não fomos nessa.

A parte depois das boias, só de canoa.

Depois de percorrermos todo o lago no barco, fizemos uma pequena parada num local onde há um templo, um ponto de observação e um local para salto num bung jump de 48 metros de altura, e uma tirolesa. Várias pessoas pularam do bung jump. Eu me animei, mas não fui tão radical: me arrisquei na tirolesa, afinal, não é sempre que se pode cruzar um desfiladeiro numa aventura assim.

Plataforma do Bung jump.

Momento do salto de uma mulher.

Lá foi ela...


...e ficou de cabeça para baixo.


A saída da tirolesa fica a uns 46 metros de altura da água. Paguei 50 RMB (R$15,00) e lá fui eu, com a cara e a coragem. Saí gritando, é claro, mas a descida foi supertranquila. Deu até vontade de pular novamente, já que a segunda vez é sempre mais relaxada. Mas fiquei só na primeira, mesmo. Deixo pra próxima. 

Olha eu descendo.

U-huuuu!!!


Muito bom!


Aqui, mais de pertinho.

Quando cheguei do outro lado foi preciso ficar esperando a lancha pra me pegar e me levar de volta para o cais. Mais uma pequena aventura, já que o chinês que pilotava a lancha saiu acelerando. U-huuuuu!!!

Aguardando a lancha lá do outro lado.

Comemorando a aventura.

Local muito apreciado para fotos.



Já que ninguém mais quis se aventurar nos esportes radicais, fomos em direção ao local onde se pega o barco de volta.

Cais de retorno.


Gigi aguardando a saída do barco.
Voltando para a represa.



Fazendo pose.


Túnel de descida.

Na saída do desfiladeiro, nos deparamos com a opção de descer por uma pista com um carrinho. Fui num duplo com a Gigi, e a Amanda, Melissa e Fernanda cada uma em um, individual. Tuninho, Cris e Fernando preferiram descer tradicionalmente: andando. Esse pessoal que não gosta de um pouco de “adrenalina” é um problema!

Meu maridinho não gosta de "fortes emoções".


Foi uma descida suave. Deixei até a Gigi controlar o carrinho – um bastão na frente funciona como freio.  É como se fosse um Bobsled, só que com rodas e aberto. Ou um carrinho de rolimã numa pista guiada.

Amanda descendo.


Eu e Gigi na "largada".


E lá vamos nós!


Depois de mais algumas fotos, hora de ir embora.


O GPS nos levou para uma estrada repleta de caminhões. Interessante foi ver alguns lava a jatos de beira de estrada. Os motoristas param para jogar água na cabine do caminhão. São dezenas no acostamento.

Muitos caminhões na estrada.

Uma paradinha para lavar a cabine do caminhão. 

Quando chegamos num pedágio, um guarda chinês mandou que passássemos para a outra pista. Aquela em que estávamos era só pra caminhão! Cruzamos a praça do pedágio pela contramão – o chinês que mandou – e nos acertamos.
A volta foi longa, cerca de duas horas, já que o trânsito estava bem intenso. Mas foi mais um dia legal, conhecendo os pontos turísticos de Beijing.

Ah, ia me esquecendo. Na estrada paramos para um “pipi stop”. Imagina se perderia a oportunidade de “conhecer” o verdadeiro buraco chinês, ou seja: o banheiro público “ao natural”. Lá estava ele, no posto de gasolina: uma vala, num recinto fechado. Nada de água para escorrer as “necessidades”. Fica tudo ali, amontoado. Acho que de vez em quando alguém vai lá e empurra tudo para o terreno que tem atrás! Eu só tirei a foto, mas teve gente que se “arriscou”. Éka! Terrível! Eu prefiro “aventuras mais radicais”!!!!

Esse é o autêntico buraco. Ainda bem que a 
foto não tem cheiro.