sábado, 28 de setembro de 2013

A "Batalha dos Sexos" no China Open 2013

Uma partida beneficente entre a chinesa Li Na - tenista número 1 da China e número 5 do ranking da WTA - e o sérvio Novak Djokovic – número 1 da ATP - marcou a abertura do China Open, aqui em Beijing. Como amante do tênis, lá estava eu, com minhas duas filhas, curtindo o evento.

Gigi e "a bolinha de tênis".

Ganhamos uma garrafa de água de brinde! U-huuuu!!

A promotora chinesa explicando a Gigi como jogar tênis no video game Wii.


Junto ao "logo" do China Open.

Gigi e uma de suas tenistas favoritas: a norte-americana Serena Williams.


Passeando pelo Complexo vimos alguns jogadores
batendo bola. Um deles era o alemão Tommy Haas,
de 35 anos. Em 2002 ele chegou a ser 
o número 2 do ranking, mas atualmente
está na 13ª posição.


Outra que estava "se aquecendo" para o Torneio
era a sérvia Jelena Jankovic, de 28 anos.
Ex-número 1 do mundo, em 2008, ela
hoje ocupa o 10° lugar no ranking.


Ao chegar à belíssima Diamond Court – a quadra principal do complexo de tênis de Beijing – encontramos, em nossos assentos um pequeno livro com informações sobre a partida exibição, e um saquinho com dois bastões infláveis de plástico, aqueles que precisamos encher assoprando, pra depois ficar batendo, um no outro, pra fazer barulho. Mas isso num jogo de tênis é impensável? Ontem, valia tudo, principalmente muita animação do público.

A torcida com seus bastões...

...e nós com os nossos. 
Entramos no clima e fizemos muito barulho! 


  
Capa e contracapa do folder de apresentação do evento.


Em quadra, Li Na e Djokovic cumpriram bem o papel de estrelas da noite. As primeiras palavras do sérvio para o público foram em chinês, o que levou a torcida ao delírio. Depois, durante toda a festa, Djokovic tentou soltar outras frases, mas o que mais falava era “hao, hao” – bom, bom – ou “xiexie” – obrigado.

Logo na apresentação, um enorme bolo em comemoração 
aos 10 anos do Torneio entrou em quadra, ao som 
do "Parabéns pra você", em chinês é claro. 
Djokovic experimentou um pedacinho,
mas Li Na disse que deixava para depois.

 
Djokovic subiu na cadeira do árbitro principal, deu uma de boleiro, atrapalhou Li Na quando ela batia bola com adolescentes – depois ele também jogou com a garotada – ou seja: foi um show de simpatia.

Li Na não ficou atrás: “roubou” para a garotada, na hora de jogar a moeda para escolher quadra ou bola, fez piada em chinês, dizendo que assim Djokovic não entenderia nada, e imitou a brincadeira do sérvio, que em algumas batidas na bola “gemia alto”, como fazem muitos tenistas.

Depois de jogarem com os adolescentes, os dois começaram a chamada “Batalha dos Sexos”. Como bom gentleman Djokovic perdeu para Li Na. Mas tudo era diversão, a começar pelas “regras” do confronto, em que Li Na já saía sempre em vantagem de 30/0.

Djokovic pronto para receber o saque.

Li Na sacando.


Após um empate em 2/2 os tenistas escolheram decidir o confronto num tiebreak. Li Na já saiu com 4 a 0, sendo que para ela bastaria chegar aos cinco pontos, enquanto que Nole precisava fazer 7. O tenista sérvio, sempre brincalhão, perguntou ao público – em inglês - se aquilo era uma regra justa. Obviamente que a torcida chinesa gritou que sim, puxando a brasa para a tenista da casa.

Djokovic chegou a fazer um ponto, mas com um “aceLi Na fez o único pontinho que precisava e fechou a partida em 3/2. A cada “ace” que os tenistas faziam, eram doados mais de 6 mil dólares para a caridade. Só aí acho que arrecadaram cerca de 40 mil dólares – não sei o quanto foi arrecadado no total, somando ingressos e doações.

O placar eletrônico mostrava quanto valia cada "ace".


Ao final do jogo-exibição, os dois tenistas se abraçaram na rede.


Depois eles receberam alguns prêmios.

O Aberto de Tênis da China, que está comemorando sua 10ª edição, tem as partidas finais marcadas para o dia 06 de outubro. Já garanti o meu ingresso. Mas a partir deste domingo ficarei de olho nos confrontos da semana, para poder assistir a algumas feras que não vi na edição do ano passado, como Serena Williams e Rafael Nadal. Depois, é claro, eu conto aqui como foi.





sábado, 21 de setembro de 2013

Mamãe, 73 anos!


Mãe, hoje, você está comemorando 73 anos e, mais uma vez, estarei ausente, sem poder abraça-la e beija-la como tanto queria. Mas você sabe o quanto é importante pra mim, e que mesmo estando tão longe, meus pensamentos, não somente hoje, mas em todos os dias, estão sempre com você e com o Papai.

Esse texto abaixo, que encontrei na internet, representa bem o que é ser Mãe, com “M” maiúsculo, como você sempre foi, é, e será pra mim.

Mãe, Te Amo muito!!!! Felicidades!!!




Que mãe é essa?

Tem bicho mais estranho do que mãe? 
Mãe é alma contraditória. 
É alegria no choro. 
É carinho na raiva. 
É o sim no não. 

Só mãe mesmo pra ser o oposto... 
E depois o contrário de novo. 

Vai ver que é porque filho não vem com manual de instrução. E pra conduzir as crias no mundo, ela usa só de intuição, pra tentar fazer tudo direito. 

Mas como pode ser assim, tão incoerente? 

Ela diz: 
Filho, você não come nada... 
E logo se contradiz: 
Para de comer, que eu tô botando o jantar! 

E aí ela lamenta: 
Ai, que eu não vejo a hora desse menino crescer! 
Mas logo se arrepende: 
Deixa que eu faço, você ainda é uma criança... 

E quando ela manda: 
Tira essa roupa quente, menina!
E logo em seguida: 
Veste o casaco, quer pegar um resfriado? 

Esse menino dorme demais... 
Esse menino não descansa... 

Essa menina vive na rua!... 
Filha, sai um pouquinho, vai pegar um sol... 

Pois é, gente, que pessoa é essa que jura que nunca mais... 
E no momento seguinte promete que vai ser pra sempre? 

Essa pessoa é assim mesmo: 
Igual e diferente de tudo o que a gente já viu. 
É a fortaleza que aguenta o tranco, só pra não ver o filho chorar. 
É o sorriso de orgulho escondido, só pra não se revelar. 

Mãe dá uma canseira na gente. 
E às vezes tira do sério... 

Até que um dia a gente se depara com uma ausência insuportável: é a mãe que vai embora, deixando um vazio enorme, escuro, silencioso. 
E aí descobre que, mesmo errando, ela sabia de tudo, desde o início. 
E fez de tudo pra acertar. 
Porque criar filho não tem regra - é doação e amor simplesmente. 

Então, se você tiver o privilégio de abraçar sua mãe neste momento, agradeça, porque o presente é seu.
E esteja certo: mesmo sem manual de instrução, ela continua aí, atrapalhada, contraditória... 

Mas com o olhar atento, querendo entender como você funciona. 

E fazendo de tudo pra você não falhar. 

Texto Lena Gino 





quarta-feira, 11 de setembro de 2013

4° Festival BRAPEQ de Cinema Brasileiro e Mês do Brasil na China

Como falei no e-mail anterior, este ano o Festival de Cinema Brasileiro do BrapeqBrasileiros na China - foi antecipado para o mês de setembro, para fazer parte do Mês do Brasil na China.



O 4° BRAPEQ Brazil Film exibe dramas familiares, alguns documentários e a história do Brasil contada através de uma animação que viaja do passado ao futuro.

“Gonzaga, de Pai para Filho” abriu o Festival na Broadway Cinematheque Moma, aqui em Beijing. O filme conta a história do conturbado relacionamento do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, com seu filho, o também músico Gonzaguinha.

"Moma", o mesmo local das exibições do ano passado.



Antes da exibição do filme, o diretor Breno Silveira, um sujeito de fala simples e bem simpático, fez uma pequena apresentação do trabalho dele e contou que o longa surgiu da escuta de fitas k7 gravadas em conversas realizadas entre pai e filho – como aparece na história.

Breno Silveira na abertura do Festival.

A escolha dos atores foi um dos grandes trabalhos do diretor. Ele disse que para chegar ao ator principal foi até o interior de Pernambuco e colocou um anúncio num jornal local, pedindo que quem fosse parecido com Luiz Gonzaga se apresentasse para uma seleção. Foram mais de cinco mil inscritos! Aos poucos Breno foi reduzindo a lista, até chegar a 10 pessoas. Detalhe: nenhum deles era ator. O escolhido para representar o Rei do Baião no início de carreira, foi Nivaldo Expedito, mais conhecido como "Chambinho do Acordeon". O rapaz é realmente muito parecido com Luiz Gonzaga, quando jovem. E, sinceramente, nem parecia um ator de “primeira viagem”.

"Chambinho do Acordeon" fez o papel de Luiz Gonzaga
 em início de carreira.

 
A foto da esquerda é do verdadeiro "Rei do Baião" e a da direita, do ator do filme.
Bem parecidos.


Adélio Lima interpretou Luiz Gonzada mais velho.
Esse eu não achei tão parecido.

  
Júlio Andrade, que faz o papel de Gonzaguinha, é um ator que já atuou em diversos filmes do cinema nacional e já fez vários papéis na televisão. A semelhança dele com Gonzaguinha também é incrível.

Júlio Andrade, o Gonzaguinha no filme.


No elenco também estão atrizes famosas como Zezé Mota e Silvia Buarque.

O filme mostra algumas imagens originais de Gonzaga pai e Gonzaga filho e nos leva a recordar sucessos desses dois grandes músicos brasileiros.

Pai e filho viveram suas desavenças, mas no final acabaram unidos e dividiram o palco brindando o povo com seus maiores sucessos. 

Luiz Gonzaga morreu aos 76 anos, em 2 de agosto de 1989, e Gonzaguinha faleceu pouco mais de um ano e meio depois, em 29 de abril de 1991, ao 45 anos, num acidente de automóvel.

Pra curtir um pouco de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha,
clique no video acima.
A música é "A Vida do Viajante".


Gonzaguinha canta "O que é, o que é?"

  
O diretor Breno Silveira tem em seu currículo a direção do sucesso “Dois Filhos de Francisco”, que conta a trajetória da dupla sertaneja, Zezé di Camargo e Luciano. 

Outro filme do Festival que assisti foi “Rio 2096: Uma História de Amor e Fúria”. No longa de animação, personagens inspirados em lendas indígenas contam episódios marcantes de quatro períodos da história do Brasil: a colonização, a escravidão, o Regime Militar e o futuro, em 2096, que mostra um Rio de Janeiro repleto de arranha-céus futuristas, onde a água potável é um produto raro e caríssimo. A história é contada do ponto de vista daqueles que combatem o poder.



Interessante é que numa fala no ano de 2096, o herói diz que um copo de água está custando “500 yuan”. Yuan é a moeda da China. Será no futuro a moeda mundial? Ficção ou realidade?

Os anos vão se passando e o herói imortal vai encarnando em diversos personagens – um índio Tupinambá, um negro que luta contra a escravidão, um estudante que enfrenta a ditadura e um guerrilheiro que luta contra o monopólio da água - sempre lutando pela liberdade de seu povo, não importa em que época esteja. Ao longo dos 600 anos de história no filme, ele sempre encontra a amada Janaína, com quem vive suas aventuras.

Com roteiro e direção de Luiz Bolognesi, o filme tem no elenco de dublagem Selton Melo, Camila Pitanga e Rodrigo Santoro.

Gostei de uma frase do personagem dublado por Selton Melo: "Viver sem conhecer o passado é como andar no escuro".

Trailer oficial do filme.


Antes do filme “Rio 2096...” foi exibido o curta de animação “A Galinha que Burlou o Sistema”, do diretor Quico Meirelles, filho de Fernando Meirelles, diretor de “Cidade de Deus”. É a história de uma galinha que tem uma visão e toma consciência do destino que a espera. Ela então se revolta e tenta mobilizar as “companheiras” para mudar seu fim.

O Festival conta ainda com outros filmes que, infelizmente, não assisti:

“Meu Pé de Laranja Lima”, filme baseado no livro homônimo de José Mauro de Vasconcelos. Quem viu disse que chorou “horrores”.

“Girimunho”, parte documentário, parte ficção, que mostra a vida em um vilarejo no Brasil, resgatando mitos e crendices do interior.

“Elena”, documentário sobre a vida de Elena, aspirante a atriz de cinema em Nova York, que acaba se suicidando. Quem conta a história é a irmã mais nova da protagonista, Petra, que dirige e também assina o roteiro, ao lado de Carolina Zizkind. Um filme que disseram ser “muito forte”.

“Domésticas” também é mais um documentário. O diretor entregou câmeras a seis adolescentes que gravaram o cotidiano das famílias brasileiras, mostrando o dia a dia das empregadas domésticas no local de trabalho.

Sucessos de Festivais anteriores também marcam presença, como “Reflexões de um Liquidificador” e Mãe e Filha” da edição de 2011, e ”A Hora e a Vez de Augusto Matraga” e O Palhaço” do ano passado.

A animação “Rio 2096: Uma História de Amor e Fúria” foi o filme escolhido como o vencedor do 4° BRAPEQ Brazil Film Festival. Um dos jurados justificou seu voto a favor do filme, elogiando o enredo que, segundo ele, proporcionou aos chineses conhecer um pouco sobre a história do Brasil, uma história de lutas, na opinião dele, muito parecida com a história de luta dos chineses.

Ao centro a curadora do Festival, Anamaria Boschi, e os
jurados, membros da indústria cinematográfica da China.
(foto do BRAPEQ)


Olha eu marcando presença, lá no fundo.
(foto BRAPEQ)


Prêmio entregue ao filme vencedor. 
(foto BRAPEQ)

  
Em Junho, “Rio 2096: Uma História de Amor e Fúria” já havia sido escolhido como melhor filme do Annecy International Animated Film Festival, na França. 

Agora, de 13 a 15 de setembro o Festival prossegue em Shanghai.

Algumas sessões especiais serão realizadas de 23 a 25 deste mês aqui em Beijing, na Academia de Cinema de Pequim, por conta do Mês do Brasil na China.

De acordo com palavras do Embaixador do Brasil na China, Valdemar Carneiro Leão, “O Mês do Brasil na China” é uma iniciativa fruto de um acordo entre os Governos brasileiro e chinês, e será seguido pelo "Mês da China no Brasil”, em outubro. Ainda segundo o embaixador, “Às vésperas das comemorações do 40° aniversário de nossas relações diplomáticas, trata-se de uma ocasião especial para aprofundar os laços já existentes entre as duas nações”.

Embaixador Valdemar Carneiro de Leão no dia
de abertura do Festival.
(Foto BRAPEQ)

Entre as atrações do Mês do Brasil na China, além das mais recentes produções cinematográficas do país, o público terá a oportunidade de assistir alguns dos novos talentos da música brasileira, os escritores que têm se destacado, o trabalho de artistas plásticos e de fotógrafos nacionais, bem como uma das melhores companhias de dança contemporânea.

Nas palavras do embaixador:

“Trazemos à China uma amostra cultural de um país dinâmico e variado... um convite à descoberta do que temos além do futebol e do Carnaval, já mundialmente conhecidos”.


Pra nós é uma ótima oportunidade para matar um pouquinho da saudade de nosso querido Brasil.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Francis e Olive Hime em Beijing


Setembro é um mês de comemorações no Brasil, por conta do Dia da Independência. E aqui na China não vai ser diferente. Pela primeira vez está sendo realizado o Mês da Cultura Brasileira na China, uma iniciativa do governo brasileiro, através da Embaixada do Brasil em Pequim, do Consulado-Geral em Xangai e do Consulado-Geral em Hong Kong.


Flyer do show.


Até o dia 29 de setembro, diversas atrações da cultura brasileira - como filmes, músicas e artes visuais - estarão sendo apresentadas nas cidades de Pequim, Xangai, Hong Kong e Macau.

A abertura do Mês da Cultura Brasileira na China foi realizada ontem à noite, com o show de Francis e Olívia Hime, aqui em Beijing.

Durante pouco mais de uma hora, o casal apresentou o show “Sem Mais Adeus”, uma viagem musical e sentimental à obra do poetinha Vinicius de Moraes, ícone da Bossa Nova que estaria completando 100 anos no dia 19 de outubro. Vinicius faleceu em julho de 1980.




Mas o show não contou somente com obras de Vinicius. No repertório de 28 músicas, o simpático casal apresentou sucessos de Ary Barroso, Tom Jobim, Dorival Caymmi, Baden Powell e até de Charles Chaplin, além de composições do próprio Francis Hime.


Repertório do show.


O carioca Francis Hime, que completou 74 anos no último dia 31 de agosto, é compositor, pianista, arranjador, cantor e maestro e fez parte do grupo que lançou a Bossa Nova, nos anos 60. Sua discografia incluiu 21 discos e três Dvds.

Francis Hime dividiu o palco com Olivia Hime, 70 anos, sua esposa desde 1969. Olívia, que também é natural do Rio de Janeiro, é cantora e letrista.

O show, “Sem Mais Adeus”, é o nome da primeira das muitas músicas que Francis Hime fez em parceria com Vinicius de Moraes, a partir de 1963.

Foi a primeira vez que o casal se apresentou na China.

Francis e Olivia Hime no palco.

As fotos não ficaram muito boas porque tirei com o celular.


Fiz questão que minhas filhas fossem ao show, para conhecer um pouco da beleza da música popular brasileira, em especial a Bossa Nova. Algumas músicas elas até já conheciam. E elas gostaram.


Gigi e o lindo painel de nossa linda Cidade Maravilhosa!


É bacana ouvir músicas como as que foram tocadas ontem. Músicas que têm letras e não um bando de palavras sem nexo, ou somente rimas, iguais as que ultimamente “inundam” a nossa MPB. Pode ser muito legal dançar “Ai se eu te pego”, de Michel Teló, mas é um “som” que só tem isso: balanço divertido.

Além da beleza das letras, como é bonito ouvir o som de um piano, ainda mais vindo de um artista do gabarito de Francis Hime. Foi mais um bom momento musical vivido aqui na China. Primeiro foi Elton John, outro fantástico pianista, e agora, direto do querido e saudoso Brasil, Francis Hime. “Chega de Saudade!”



Notinhas negativas

Alguém pode dizer que eu estou sempre elogiando isso e aquilo. Mas não é verdade. Sempre que não gosto de alguma coisa, eu falo. E ontem não foi diferente.

Foi muito chato o show não ter começado no horário marcado: 19:30. Por que os artistas brasileiros têm essa mania feia? Todos os shows que fomos aqui na China, até agora, sempre começaram na hora marcada. O de ontem começou com cerca de meia hora de atraso. Falta de respeito.

Francis e Olívia Hime conversaram com o público entre algumas músicas. Eles falavam em inglês e um tradutor passava para o chinês. Mas por que usaram o inglês? Não era um show brasileiro? Então por que não valorizamos nosso bom português? Nada contra a língua inglesa – falo, entendo e me viro bem dentro do possível. Mas Francis e Olivia poderiam ter falado em português e mantido a tradução em chinês, já que a maioria da plateia era composta por chineses. Até aí, tudo bem. Só que havia pessoas na plateia que não sabiam inglês. O pobre do tradutor foi um que ficou em maus lençóis. Ele tinha um texto nas mãos, pré-combinado, mas não entendia patavinas de inglês e não sabia onde terminava a fala do casal. Ficou todo enrolado. Ele era tradutor de chinês-português!

Até na hora de agradecer ao Embaixador do Brasil na China, Francis Hime se expressou em inglês. Como diria a colunista do jornal O Globo, Patrícia Kogut: “nota zero”.

Não sou nenhuma "expert" musical, mas Francis Hime canta bem desafinado. Acho que é algo típico de alguns cantores da Bossa Nova, como João Gilberto, Tom Jobim, Toquinho e o próprio Vinicius, só para citar alguns.

Por outro lado, a voz de Olivia Hime é estupenda!


Boas notícias

Esse ano o Brazil Film Festival, do Brapeq, Brasileiros na China, será realizado mais cedo. A 4ª edição do Festival acontece do dia 05 ao dia 08 de setembro, aqui em Beijing, e de 13 a 15, também de setembro, em Shanghai. É uma ótima oportunidade para assistir a alguns bons filmes nacionais. Estarei prestigiando o evento e depois conto aqui no blog como foi.