quarta-feira, 24 de abril de 2013

Mais de 10 mil visualizações!!!


O blog ultrapassou as 10 mil visualizações de página! Nossa, quando pensei em escrever sobre minha vida aqui do outro lado do mundo, não esperava algo assim.

Fico feliz em dividir com familiares, amigos e até mesmo desconhecidos, essa experiência de viver num país tão diferente de meu querido e saudoso Brasil.

Em pouco mais de um ano e três meses aprendi muita coisa, descobri dezenas de outras e espero, de coração aberto, que ainda viva muita coisa boa por aqui.

Escrever é uma forma de diminuir a saudade e fazer o tempo passar. Só que com tanta coisa pra conhecer, esse tempo às vezes me parece curto. Muitas vezes quero que ele voe, e em outras, que ele passe bem devagar. Vai entender...

Obrigada a todos que prestigiam o meu blog! Espero que cada um de vocês esteja se divertindo e “viajando” junto comigo, em cada palavra, em cada vírgula, em cada ponto, em cada foto.

E pensar que essa minha aventura ainda nem chegou na metade do caminho!

by Andréa Caputo

Luoyang e Dengfeng , na província de Henan - parte 2


No domingo a “alvorada” foi cedo para visitarmos o Templo Shaolin (Shàolín Sì  少林寺), berço do zen budismo na China e do Kung Fu Shaolin praticado pelos monges budistas da escola Chan. Fica na cidade de Dengfeng, a 74 quilômetros de Luoyang.

"C", Denfeng, na próvíncia de Henan.


Os templos chineses, como já mencionei aqui nesse post, são todos parecidos. Não vimos nada diferente do que já vimos antes. Mas confesso que me decepcionei um pouco nessa visita ao Templo Shaolin, porque esperava ver os famosos monges. Mas o que nos foi informado é que eles frequentam o local bem cedo, por volta de cinco da manhã, e no final da tarde: horários em que a horda de turistas não atrapalha.

Pátio em frente a entrada para o Templo Shaolin.

Entrada do Templo.


Esses buracos na árvore foram feitos pelos monges durante
treinamentos. Eles "espetam" a árvore com os dedos
esticados. Já deve ter tido muito monge de dedo quebrado.


Essa outra árvore tem mais de 1500 anos.


Os lutadores de Kung Fu normalmente gritam algo parecido com "rum" e "rá" quando
desferem seus golpes. 
Pois essas duas figuras são conhecidas como "Rum", o de boca fechada,
e "Rá", o de boca aberta.
São guardiões. 
(Não sei ao certo como se escreve os nomes deles)


Um dos Halls do Templo Shaolin.


Queimador de incensos.


Imagens de Budas

Mais uma vez acendemos incensos e com tanta fumaça no ar, saímos de lá purificados!

Queimando alguns incensos.


Gigi também fez a parte dela.


Monge peneirando as cinzas dos incensos.
Levantando poeira.


Estátua de Buda com um manto.


Esse Buda deitado está em reforma.


Essa árvore foi um presente do Japão para a China.
Os chineses dizem que o tronco vertical representa a China 
e que o tronco retorcido é o Japão.
Certamente os japoneses falam o contrário, já que
o tronco retorcido parece estar "de joelhos" ou "reverenciando"
o tronco maior.


Um "abraço urso" para fugir do frio.


Imagem do Bodhidharma.
Diz a lenda que ao chegar ao Templo Shaolin ele se retirou para
as montanhas para meditar e ficou lá por nove anos.
Ao retornar criou o Zen Budismo (o budismo já existia).
Ele é também considerado o "pai" do Kung Fu.

A lenda diz ainda que um estudioso do budismo, chamado Hui-k’o, quis se tornar discípulo do Dharma, mas que esse lhe disse que só acreditaria em sua fé se caísse neve vermelha, e o mandou embora do templo. Após passar horas do lado de fora, com a neve alcançando quase seus joelhos, o persistente Hui-k’o decepou sua mão esquerda, cobrindo a neve com o vermelho de seu sangue. Convencido de sua sinceridade e determinação, o Dharma aceitou-o como discípulo. Hui-k’o acabaria sendo seu sucessor.

A reverência que os monges shaolins fazem com a mão direita espalmada para o lado esquerdo, no centro do tórax, é uma homenagem a Hui-k’o. Outros budistas espalmam as duas mãos, uma contra a outra.



 "Ver sua natureza é zen... Não pensar sobre coisa alguma é zen... Tudo que você faz é zen."
Palavras do Dharma.


Detalhe do telhado.


Posando com o Buda.


 Sessão de fotos no Templo Shaolin




Uma multidão passando a mão na estátua do Buda, na saída do templo.


Não custa nada ir lá e fazer o mesmo,
 e nossa turma não perdeu essa oportunidade. 


Aqui, qualquer semelhança do Fernando com Buda é mera coincidência.


Algumas moedas foram colocadas nessa parede, 
na saída do templo.


Pátio exterior.


Aqui, uma observação: eu achava que o Templo Shaolin ficava no alto de uma montanha e não na base de uma. O que me levou a pensar isso foi o filme “Karatê Kid 3”, que se passa na China. Num momento do filme o jovem Dre e o Sr. Han sobem uma enorme escadaria para chegar num templo de Kung Fu. A cena, na verdade, foi filmada nas Montanhas Wudang, na província de Hubei, cerca de 435 quilômetros mais ao sul de Dengfeng, onde está o Templo Shaolin.
  
A cerca de 500 metros do Templo Shaolin visitamos rapidamente a Floresta de Pagodas, que nada mais é do que um cemitério. Cada pagoda, são 243 no total, abriga as cinzas de um monge.




Floresta de Pagodas.


A caminho da Floresta de Pagodas foi possível ver uma 
enorme imagem de Buda
no alto da montanha, que marca a caverna onde 
o Dharma teria passado nove anos meditando.


O Templo Shaolin e A Floresta de Pagodas também são Patrimônio Mundial da UNESCO.

Pena que estávamos com o tempo curto e não pudemos conhecer as outras atrações do local, porque tínhamos ainda um show de Kung Fu para assistir.

Local de apresentação do show de Kung Fu.

Estátuas representando o Kung Fu.

A apresentação foi realizada num pequeno auditório. Pequeno realmente, ainda mais diante de tanta gente. Venderam mais ingressos do que a lotação e ficamos sentados no chão, bem na beira do palco.

Jovens lutadores demonstraram alguns golpes de Kung Fu e também suas habilidades com diferentes tipos de armas. Interessante, mas bem simples. Gostei mais do show noturno do dia anterior.



Início do show.


Detalhe dos pés do lutador...

...e do posicionamento das mãos.



Foram usadas diferentes tipos de armas na apresentação.


Alguns golpes e saltos lembram animais como o tigre, 
macaco, sapo...

Fim de espetáculo.


No final da tarde, nosso grupo seguiu para a estação ferroviária de Zhengzhou – outra estação de cair o queixo de tão grande, bonita e moderna - onde pegamos o trem bala de volta para Beijing. A viagem durou cerca de três horas.

Fachada da estação.


Tudo amplo, moderno e muito limpo.


Painel com as informações sobre os trens.


Saguão de espera. Enorme!

Descendo para a plataforma.


O nosso trem chegando.

Voltando para casa a toda velocidade.


Na próxima sexta-feira estamos indo conhecer o Japão. Depois eu conto aqui sobre os locais visitados e sobre essa outra turma dos olhinhos puxados. Mais assunto aqui para o blog.