terça-feira, 9 de outubro de 2012

Long Qing Xia


No sábado, como amanheceu mais um bonito dia de outono, com céu azul e um sol “quentinho”, resolvemos explorar um pouco mais da beleza natural da China. Marcamos o local no GPS e fomos para o passeio. Depois de cerca de 1h e 30 min de viagem chegamos a Yan Qing, cidade a cerca de 90 km do centro de Beijing. Mas não conseguíamos achar o local que escolhido, o Desfiladeiro de Long Qing Xia. Paramos num posto de gasolina e conseguimos informações com duas chinesas que trabalham. Elas foram muito simpáticas e nos mostraram que direção tomar.

Que GPS que nada: tentando achar a direção correta 
com as chinesas.

  
Yan Qing é bem arrumadinha, ampla, e o local está todo decorado para receber o Tour de Beijing, competição de bicicleta que acontece por aqui de 9 a 13 de outubro. É a penúltima etapa do UCI World Tour (International Cycling Union). Num próximo post eu falo sobre esse tour. Yan Qing é considerada um modelo de cidade ecológica e seu ar puro é comparado aos de Viena e Zurique, na Suíça.

Decoração pronta para o Tour de Beijing.

Entrada da cidade.

Como sempre, belos jardins.


Depois de mais uns 10 minutos de carro chegamos finalmente a Long Qing Xia, ou Desfiladeiro Long Qing, Desfiladeiro do Grande Dragão. “Long” significa Dragão; “Qing” significa honra ou celebração e “Xia” quer dizer desfiladeiro. Algo como “Desfiladeiro em Honra ao Dragão”. Segundo a lenda chinesa, o dragão ia até ali para celebrar a beleza natural do local. E não é que o dragão estava certo? O lugar é um enorme vale formado por canyons e um grande lago, onde é possível fazer um belo passeio de barco.


Em frente a bilheteria.


É o mesmo local onde estivemos logo que chegamos à Beijing, em janeiro, e onde acontecia o Festival das Lâmpadas e do Gelo. É só dar uma olhadinha no meu 13° post, “Entrando numa fria, parte 2”.

Dessa vez nada de gelo, mas estava friozinho. É que a temperatura de lá costuma ficar uns 4 graus abaixo da temperatura de Beijing. Os termômetros deviam estar em torno de 14 graus.  Para entrar foi preciso pagar 5 RMB por pessoa para pegar o carrinho até a praça principal. Criança até 1,2m de altura não paga. Gigi tem um pouco mais, mas não pagou!

Na "pracinha" da entrada.

O desfiladeiro fica bem no topo da represa, construída em 1973 para abastecer Beijing. Quando estivemos aqui em janeiro, toda a parte debaixo estava sem água e repleta de esculturas de gelo.



No Festival das Lâmpadas e do Gelo algumas esculturas estavam neste local.

Subimos uma série de escadas rolantes localizadas dentro da figura do grande dragão, que fica do lado direito da represa – olhando de frente para ela.

 A figura do dragão "esconde" as escadas rolantes.

 Subindo para o passeio de barco.

 Paredão da represa visto de cima.

 Visão de cima.

Lá em cima a primeira visão é a do lago, com os barcos que nos levam ao passeio, e as cadeirinhas do teleférico que vai até o topo de um dos picos, a cerca de 70 metros de altura. Acabei não subindo: deixei pra próxima vez.

Teleférico.

Fomos direto para o passeio de barco, que custou 140 RMB por pessoa (R$45,00) – mais uma vez Gigi não pagou. O desfiladeiro cobre uma área de aproximadamente 120 km quadrados, mas apenas cerca de 6km estão abertos ao público. É muito bonito navegar por entre os canyons. Um passeio tranquilo. Pena que não deu pra entender nada do que a guia do barco falava – em chinês, é claro.

No barco.

Um grande lago entre as montanhas.


Um belo visual.

Passeio tranquilo.

Chinesinha linda.

E as minhas "gatinhas" também curtindo o passeio.


Durante o passeio fomos surpreendidos por um “maluco chinês” que fica se equilibrando num cabo de aço, a muitos metros de altura. Doido. Me lembrou de um brinquedo do “Mickey equilibrista” que eu tinha quando criança!

Tem doido pra tudo.

Olha o maluco lá no alto.


Quem quiser pode explorar a parte do lago em que o barco não entra, em pequenas canoas. Aí é cada um por si, remando por conta própria. Não fomos nessa.

A parte depois das boias, só de canoa.

Depois de percorrermos todo o lago no barco, fizemos uma pequena parada num local onde há um templo, um ponto de observação e um local para salto num bung jump de 48 metros de altura, e uma tirolesa. Várias pessoas pularam do bung jump. Eu me animei, mas não fui tão radical: me arrisquei na tirolesa, afinal, não é sempre que se pode cruzar um desfiladeiro numa aventura assim.

Plataforma do Bung jump.

Momento do salto de uma mulher.

Lá foi ela...


...e ficou de cabeça para baixo.


A saída da tirolesa fica a uns 46 metros de altura da água. Paguei 50 RMB (R$15,00) e lá fui eu, com a cara e a coragem. Saí gritando, é claro, mas a descida foi supertranquila. Deu até vontade de pular novamente, já que a segunda vez é sempre mais relaxada. Mas fiquei só na primeira, mesmo. Deixo pra próxima. 

Olha eu descendo.

U-huuuu!!!


Muito bom!


Aqui, mais de pertinho.

Quando cheguei do outro lado foi preciso ficar esperando a lancha pra me pegar e me levar de volta para o cais. Mais uma pequena aventura, já que o chinês que pilotava a lancha saiu acelerando. U-huuuuu!!!

Aguardando a lancha lá do outro lado.

Comemorando a aventura.

Local muito apreciado para fotos.



Já que ninguém mais quis se aventurar nos esportes radicais, fomos em direção ao local onde se pega o barco de volta.

Cais de retorno.


Gigi aguardando a saída do barco.
Voltando para a represa.



Fazendo pose.


Túnel de descida.

Na saída do desfiladeiro, nos deparamos com a opção de descer por uma pista com um carrinho. Fui num duplo com a Gigi, e a Amanda, Melissa e Fernanda cada uma em um, individual. Tuninho, Cris e Fernando preferiram descer tradicionalmente: andando. Esse pessoal que não gosta de um pouco de “adrenalina” é um problema!

Meu maridinho não gosta de "fortes emoções".


Foi uma descida suave. Deixei até a Gigi controlar o carrinho – um bastão na frente funciona como freio.  É como se fosse um Bobsled, só que com rodas e aberto. Ou um carrinho de rolimã numa pista guiada.

Amanda descendo.


Eu e Gigi na "largada".


E lá vamos nós!


Depois de mais algumas fotos, hora de ir embora.


O GPS nos levou para uma estrada repleta de caminhões. Interessante foi ver alguns lava a jatos de beira de estrada. Os motoristas param para jogar água na cabine do caminhão. São dezenas no acostamento.

Muitos caminhões na estrada.

Uma paradinha para lavar a cabine do caminhão. 

Quando chegamos num pedágio, um guarda chinês mandou que passássemos para a outra pista. Aquela em que estávamos era só pra caminhão! Cruzamos a praça do pedágio pela contramão – o chinês que mandou – e nos acertamos.
A volta foi longa, cerca de duas horas, já que o trânsito estava bem intenso. Mas foi mais um dia legal, conhecendo os pontos turísticos de Beijing.

Ah, ia me esquecendo. Na estrada paramos para um “pipi stop”. Imagina se perderia a oportunidade de “conhecer” o verdadeiro buraco chinês, ou seja: o banheiro público “ao natural”. Lá estava ele, no posto de gasolina: uma vala, num recinto fechado. Nada de água para escorrer as “necessidades”. Fica tudo ali, amontoado. Acho que de vez em quando alguém vai lá e empurra tudo para o terreno que tem atrás! Eu só tirei a foto, mas teve gente que se “arriscou”. Éka! Terrível! Eu prefiro “aventuras mais radicais”!!!!

Esse é o autêntico buraco. Ainda bem que a 
foto não tem cheiro.




5 comentários:

  1. To imaginando o cheiro daqui.... Kkkkkkk

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  2. To imaginando o cheiro daqui.... Kkkkkkk

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  3. Oi Andrea, adorei seu post! Irei para China em abril sozinha!!! E queria muito ir a Long Qing Xia. Voce sabe se consigo chegar sozinha? Como faço? Obrigada! Juliana

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  4. Juliana, me passe seu e-mail que te mando o contato de uma agência por aqui que pode te levar até lá, já que é um pouco longe do centro de Beijing - mais ou menos uma hora de carro. Te aguardo.

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  5. Oi Andrea, meu email é bh_jalves@hotmail.com
    Muito obrigada!

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