segunda-feira, 12 de março de 2012

Macau - parte 1

Bem pertinho de Hong Kong - 60 km a oeste - está Macau, que não poderíamos deixar de conhecer. Assim como Hong Kong, Macau é uma Região Administrativa Especial da República Popular da China, com moeda própria, a pataca, devendo “obediência” à China no que diz respeito à defesa e às relações diplomáticas. Macau foi colonizada e administrada por Portugal durante mais de 400 anos. Mas em 1996 os portugueses renunciaram a sua ocupação perpétua e a partir de 1999, Macau voltou às mãos dos chineses. Até 2049 os Macauenses têm garantida liberdade de imprensa, de expressão, de religião. Como Hong Kong, Macau tem 50 anos até repassar sua soberania de volta à China.

A herança da colonização portuguesa está bem visível em Macau. A começar pelas placas de sinalização que estão tanto em chinês como em português. Um português bem de Portugal, como mostra a placa abaixo, que encontramos num banheiro.

Não há dúvida de que o português usado em Macau é o de Portugal.

As placas das ruas também em português. 

Mas apesar do português ser, juntamente com o cantonês, a língua oficial de Macau, dificilmente você encontra alguém que fale português por lá. Exceto nos restaurantes de comidas da terrinha.

 
De Hong Kong para Macau levamos uma hora e dez minutos de ferryboat. Uma viagem tranquila pelas águas cristalinas do Mar Meridional da China. Pela primeira vez andamos de primeira classe. A diferença de preço era mínima e resolvemos aproveitar. Grande primeira classe! O que diferenciava nosso lugar dos demais era uma mesa entre as quatro poltronas. Não há nenhuma separação entre as classes. A chinesada estava empolgada e era uma gritaria só. Eles ficaram nos olhando e, é claro, deu pra perceber que falavam da gente. Pra não perder o costume, a Gigi tirou foto com uma fã.

O equivalente a R$48 a viagem na 1ª Classe.

Passageiros Vips.

Conforto também na classe comum.

Gigi fazendo sucesso em tudo quanto é lugar.

Quando chegamos à Macau uma das atendentes do ferry veio nos informar que como clientes VIPs tínhamos preferência em deixar o barco. Fizemos sinal de que estava tudo bem, que aguardaríamos a saída das pessoas. Ela nos olhou com cara estranha e foi embora. Mas não demorou nem 5 minutos e ela retornou, pra falar novamente que a 1ª classe era a primeira. E nós éramos a 1º classe! Pra não contrariar, obedecemos. Os demais passageiros eram impedidos de passar a nossa frente, porque os corredores estavam bloqueados por fitas. Achei aquilo constrangedor. Mas aguardamos a prancha baixar e fomos os primeiros a sair do ferry, seguidos por dezenas de chineses que só estavam esperando os “bonitões” saírem.

Na estação em Macau alugamos uma van com motorista para conhecer os principais pontos turísticos da cidade. Nossa motorista se chamava Lancy. Uma chinesa simpática que falava um inglês bem ruinzinho, mas conseguimos nos entender. Marcamos num mapa os pontos que queríamos visitar e lá fomos nós.

A motorista toda feliz por tirar foto com as meninas.


 
1ª parada – Fisherman’s Warf

 
O Fisherman’s Warf  - Doca dos Pescadores - de Macau tem muitas atrações, menos pescadores. O lugar é repleto de restaurantes, mas estavam todos praticamente fechados, apesar de já passar do meio-dia.

As docas vazias.

Uma das atrações é um vulcão artificial que à noite “entra em erupção”, num espetáculo pirotécnico. Pena que não vimos este “show”.

Vulcão "inativo" durante o dia.

A arquitetura portuguesa está presente no casario local, com suas paredes decoradas com belos painéis de azulejos.

Arquitetura portuguesa, com certeza.



A fonte não estava funcionando, mas o painel era lindo!

Mais um painel de azulejos.

Tem até um restaurante chamado Luis de Camões, com uma estátua do célebre poeta português na entrada, segurando um exemplar de sua obra mais famosa, Os Lusíadas . É claro que me lembrei de meu pai que tem a coleção completa do gajo!

Luis de Camões bem acompanhado.

"Os Lusíadas" foi publicado em 1572.

O Fisherman’s Warf  estava vazio. O Movimento é à noite.

Fachada do Coliseu do Fisherman's.

Ainda não tiraram a decoração do Dia dos Namorados.


 
2ª parada – Estátua de Kun Iam

 
Seguindo nosso roteiro paramos para tirar algumas fotos da estátua de Kun Iam, Deusa Budista da Misericórdia, que fica na orla da Avenida Sun Yat-Sen. A estátua em bronze, de 20 metros de altura, fica sobre uma base em fórmula de lótus. Embaixo dela funciona um Centro Ecumênico, mas o local estava fechado por causa de obras de manutenção e recuperação.

A estátua de Kun Ian.

Força, Gigi!
3ª parada – Torre de Macau
A Macao Tower é uma atração de 338 metros de altura, com 61 andares – mais alta que a Torre Eiffel, de Paris. Lá em cima, a visão de 360 graus da cidade é muito bonita. Em alguns pontos o piso é de vidro e é uma sensação muito estranha caminhar sobre ele. A tendência é procurar os cantinhos, evitando colocar os pés na vidraça. Dizem que a Torre de Shanghai, bem mais alta, tem um piso de vidro bem maior que realmente dá medo. Como espero conhecer Shanghai, depois eu conto sobre essa experiência.

338 metros de altura.
Quem gosta de aventuras pra lá de radicais pode se aventurar em pular da torre de Bung Jump. Teve gente que pulou quando estávamos lá. Uma loucura! Mas também é possível só tirar uma foto do lado de fora, pendurado nas alturas, bem na beirinha, preso somente por cabos de aço. Um grupo de indianos topou a parada. Eu até que pensei em tirar uma foto lá fora, mas não tínhamos muito tempo e confesso que não sei se na hora “h” ia ter coragem de chegar na beirada. Já dava arrepios olhar lá pra baixo! Fica para uma próxima, quem sabe?

Visual do alto da Torre de Macau.
Olhando lá para baixo.

Uma das pontes de Macau.


 
O 58° andar é todo fechado com vidros.

Uma ótima recordação.

Em alguns pontos o piso também é de vidro. Dá um medinho!! Mas a Amanda aproveitou pra tirar onda.

Gigi, que é sempre corajosa, dessa vez ficou só na beirinha.


O 61° andar tem uma abertura na parte de cima das vidraças externas. Venta bastante.


 
Os indianos foram lá pra fora tirar foto.


 
Estavam todos empolgados.

 Grand Lisboa, hotel cassino, visto do alto da Torre.


Comparação com outras Torres espalhadas pelo mundo.
3ª parada – Hora do almoço

 
Como ninguém é de ferro, por volta de duas e meia da tarde paramos pra almoçar. Resolvemos aproveitar os sabores da cozinha portuguesa, e escolhemos o restaurante Praia Grande. Pequeno, simples e simpático. No cardápio um prato chamou nossa atenção: “Camarões ao alhinho”. Bem português, não é? Mas as meninas escolheram um bife de filé mignon ao molho, com batatas fritas e nós um Bacalhau à Braz. De entrada comemos “Tapas”, um prato com linguiça, sardinha, bolinho de bacalhau, bolinho de carne, de camarão e uma saladinha. Muito bom!
Petiscos portugueses como opção de entrada.

Pequenas porções de iguarias para degustar, ou "Tapas". Na verdade tem origem na culinária espanhola.

Saboreando uma sardinha.

Bacalhau à Braz. Simples e gostoso.

A surpresa agradável ficou por conta do pequeno show oferecido pelos garçons. Eles começaram a tocar violão e a primeira música foi “Garota de Ipanema”. Gente, preciso contar uma coisa: chorei! É claro que fui “zoada” pelas filhas e pelo marido que disse logo: “Dona Lucy 2!” Pra quem não sabe, “Dona Lucy” é minha querida mãe. O que posso fazer se me emociono facilmente? Senti saudades, ora pois!

Os garçons polivalentes tocando "Garota de Ipanema".

Na frente do singelo restaurante Praia Grande.




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