quarta-feira, 24 de abril de 2013

Luoyang e Dengfeng, na província de Henan - parte 1


No último final de semana partimos para Luoyang (Luòyáng  洛阳), na província de Henan, na planície central do país. A cidade, que foi capital da China durante treze dinastias, fica ao sul do Rio Amarelo, considerado o berço da civilização chinesa. Fomos num passeio com amigos do Brapeq (Brasileiros na China - Bāxī rén zài zhōngguó巴西人在中国  http://www.brapeq.com.cn ).

"B", Luoyang, na província de Henan.


Saímos na sexta à noite, numa viagem de avião de pouco mais de uma hora e meia.

Foto do grupo tirada no hall do hotel em Luoyang.

Na manhã de sábado acordamos cedo e, seguindo nosso roteiro, começamos as visitas pelo Templo do Cavalo Branco (Báimǎ Sì ), o templo budista mais antigo da China.

Seguindo ordens do Imperador, que teria tido uma visão de Buda, dois emissários Mings partiram para a Índia para obter informações sobre o budismo. No caminho encontraram dois monges budistas indianos e, montados em cavalos brancos, retornaram a Luoyang trazendo sutras e diversas informações sobre Buda. Nascia ali o budismo chinês.

Portal no pátio de entrada para o Templo do Cavalo Branco.


Alguns monges a caminho do templo.



Entrada do Templo do Cavalo Branco.



Dois cavalos em pedra, no pátio de entrada - um de cada lado - lembram os
dois cavalos usados pelos emissários Mings que
trouxeram o budismo para a China.
Coisa de chinês: por que não homenagearam os dois homens,
mas os cavalos?


O templo é bem parecido com os demais que já visitamos aqui na China. Salas, ou halls, situados em meio a grandes pátios, abrigam diferentes estátuas de Buda e seus guardiões, assim como escrituras e figuras míticas.

Um dos pátios internos.


Fumaça de incenso por todos os lados.


Velas em forma de peônias.


Esfregando a mão no queimador de incenso: dizem que dá sorte.
Então, não custa nada arriscar.


Outro costume é jogar moedas numa flor de Lótus que existe dentro dessa pequena piscina.
Se o dinheiro flutuar é sinal de sorte; 
Se cair na flor de Lótus além de sorte é sinal de longevidade.
Algumas pessoas jogam notas e não moedas,
 pra garantir que o dinheiro vai flutuar. Espertinhos.
Eu joguei uma moeda e ela caiu na flor de Lótus!! Mira boa!! U-huuu!!


Independentemente de nossas crenças e religiões, tivemos a oportunidade de acender incensos e ter um breve momento de reflexão.



 
Amanda em seu momento de reflexão.


Buda Maitreya, ou Buda Sorridente, ou Buda da Felicidade.




No mesmo Hall do Buda Maitreya estão Quatro Reis Celestiais, dois de cada lado.


                    
Atrás do Buda Maitreya está o General Celestial Skanda,
responsável por defender o local de invasões de espíritos malígnos e demônios.



No Hall do Grande Buda está, ao centro, Sakyamuni, fundador do budismo.
Ao fundo, à sua esquerda está Kasyapa,
e também ao fundo, à sua direita, está Ananda, seu primeiro discípulo.
Ao lado de Sakyamuni, as figuras maiores sentadas representam
Manjusri, à esquerda, e Samantabhadra, à direita. 


Hall dos Grandes Heróis.
Ao centro, Sakyamuni, ladeado pelo Buda Farmacêutico, à sua esquerda,
e pelo Buda Amitabha, à direita.
As estátuas foram feitas em duas camadas de madeira folheadas a ouro.


Na frente, mais para o lado dos três Budas, dois Generais Guardiões do Budismo


Ainda, nas duas laterais, há 18 estátuas - nove de cada lado - de Arhats Consagrados.


Pilu ou Vairocana está no último hall.
À sua esquerda está Boddhisattva Manjusri 
e à direita Boddhisattva Samanthabhadra.
Essas esculturas são de argila.


Detalhe de um lampião e um pequeno pavilhão ao fundo.


Muitas chinesas usavam guirlandas como essa, afinal,
Luoyang é a cidade das peônias.


Minhas lindinhas.

Sempre que viajamos para o interior da China viramos “alvo” da curiosidade dos chineses que fazem fila pra tirar foto com as crianças. Só que dessa vez o assédio foi geral: queriam fotos com a garotada e também com os adultos.

E demos até autógrafos! Foi divertido e pudemos sentir o que passam os artistas quando são abordados pelos fãs. Quando a gente pensava que tinha acabado, lá vinha mais um bando de chineses pra cima da gente.

Fotos e mais fotos com os chineses.






Ao lado do Templo do Cavalo Branco está sendo erguida uma réplica da Pagoda Shwedagon – a original fica em Myanmar, antiga Birmânia. É tudo muito dourado e como o local é novo, tudo brilha.



Portal de entrada da Pagoda Shwedagon.


Placa na entrada da pagoda. Alguém traduz, por favor?


Escultura de cavalo, logo na entrada.



Estátua na frente de uma das salas.


Imagens de Budas.

Não havia nenhuma placa explicando sobre o lugar.


O local ainda está em obra.


Sala onde está um grande Buda.



Buda dourado.


Caminhando um pouco mais adiante, conhecemos um templo budista em estilo indiano, presente da Índia para a China, e que é considerado um símbolo de amizade entre os dois países.

Diferentemente da Pagoda Shwedagon, o templo indiano destaca-se pela arquitetura toda em pedra.



Templo Indiano.

Figuras esculpidas na pedra.


Aqui, mais de perto.


Imagem de Buda dentro do templo.


Nova sessão de fotos na entrada do templo indiano.

  



Monge caminhando ao lado do Templo Indiano.


Esse doce eu chamo de "Pé-de-moleque chinês".
É feito de amendoim com açúcar.
Não vai ao fogo, mas em compensação
leva um monte de "paulada".
É amassado com esse enormes martelos.


A segunda parada do dia era talvez a mais aguardada de todas: o Festival das Peônias.  Luoyang é famosa internacionalmente por esse festival que, todos os anos, atrai milhões de pessoas.

São vários parques espalhados pela cidade. Visitamos o que fica a poucos metros do Templo do Cavalo Branco: o Shenzhou Peony Garden (Shénzhōu mǔdān yuán 神州牡丹).

Entrada do Parque das Peônias.
Peônia em chinês é mǔdān.


Só que a chuva que caiu no dia anterior e a temperatura baixa atrapalharam um pouco a visita, já que as peônias não estavam em todo seu esplendor. Mas, mesmo assim, foi fácil ver porque essas flores encantam tanta gente.


 
 
As peônias estavam quase todas murchinhas. 


Pra quem gosta, tinha uma variedade de peônias de plástico.


Foi a vez da sessão de fotos no Parque das Peônias.

Nem o Fernando escapou.


 
 



Gigi tirando uma "pausa" da sessão de fotos.

 
As meninas na pequena ponte.

Um dos lagos do parque.


Esse tipo de ponte em arco é comum aqui nos parques da China.


As pessoas esperando do lado de fora do parque.

Das peônias seguimos para as Grutas de Longmen (lóngmén shíkū龙门石), onde estão cerca de cem mil esculturas de Buda escavadas em cerca de mil e quatrocentas cavernas nas montanhas de calcário, além de estelas com escritos antigos e pagodas.

O caminho para as grutas.


As grutas principais estão do lado que visitamos,
mas há mais coisa pra ver do outro lado do Rio Yi.


No caminho para as grutas demos "autógrafos" para alguns garotos 
que se aproximaram para falar com a gente em inglês. 

A chinesa "pegou" o meu marido.


Portal de entrada para as Grutas de Longmen.


As paredes são repletas de nichos.
Alguns possuem estátuas de Buda, outros não.


Estátua de um Buda, sem a cabeça.


Um dos Budas de Longmen...


...que fica num pequeno aclive.


Lá de cima a bela vista da ponte Mangshui, que cruza o Rio Yi.


As grutas, Patrimônio Mundial da UNESCO, estão entre as três mais notáveis da China. A grande atração é, sem dúvida alguma, o nicho onde está a escultura do Buda Vairocana, de 17.14 metros de altura. Em ambos os lados, outras esculturas de Buda, não menos imponentes, nos fazem entender porque o local é apontado como uma obra de arte da época da Dinastia Tang.

Subida para o ponto onde fica a maior escultura de Buda de Longmen.


Ao centro o Buda Vairocana, na chamada Fengxiansi Cave,
a principal caverna ou gruta do local.


Detalhe do rosto do Buda Vairocana.


Panoramica da Caverna Fengxiansi.


Hora de descer.


Tuninho segurando a placa do BRAPEQ,
pra gente não se perder na multidão.


Quando o David, dono da agência de viagens David Tour, foi tirar
uma foto do grupo, os chineses aproveitaram para dar seus "clicks".

Entrando no barco para voltar para o ônibus.

A turma dentro do barco. 

A Caverna Fengxiansi vista do barco.



À noite, parte do grupo assistiu ao incrível show do Shaolin Zen Music Ritual: um espetáculo de música e luzes aos pés da Montanha Songshan, no Vale Daixian. Um cenário natural, ao ar livre, de tirar o fôlego.

Nossa guia havia dito que o espetáculo tinha a participação de mil artistas, mas foi mais um exagero chinês. São realmente dezenas e certamente centenas de artistas, mas esse número passa longe dos mil. Números à parte, e apesar do frio que estava fazendo, o show valeu a pena!

Um lindo espetáculo aos pés da Montanha Songshan.


O show é realmente grandioso.


Até uma lua artificial apareceu ao fundo, na montanha.


Esse palácio, lá no fundo, mudava sempre de cor.


Precisa dizer alguma coisa?





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