quarta-feira, 7 de agosto de 2013

798 Art District e Panjiayuan - Mais turismo em Beijing - Parte 1


O calor anda castigando a maior parte da China e aqui em Beijing não está sendo diferente. Os dias têm sido abafados com a poluição só colaborando para que o céu fique a maior parte do tempo coberto por uma névoa. Os dias de céu limpo são raros e a chuva também tem dado as caras várias vezes. A rotina tem sido um dia de chuva, o outro não.

Mas não dá pra ficar só em casa, dentro do iglu, como eu falo, já que meu marido adora colocar a temperatura do ar condicionado lá embaixo. Ficamos até de casaco em casa.

Então, no sábado dia três saímos por volta das 10 horas da manhã, rumo ao 798 Art District ou 798 Art Zone ( Qījiǔbā yìshù qū), local de uma antiga fábrica de equipamentos eletrônicos do Exército que se tornou um centro de exposições da cultura e da arte chinesas e também de outras partes do mundo.

No 798 Art Zone.

Fica na área de Dashanzi, a nordeste do centro de Beijing, a cerca de oito quilômetros aqui de casa.

Em 1957 o complexo, que se chamava 718 - seguindo o método do governo chinês de nomear fábricas militares começando com o número 7 – foi inaugurado. O projeto arquitetônico, deixado a cargo dos alemães, não agradou aos soviéticos, então aliados dos chineses.

Fábrica 751 - Ao lado da estação de trem que ligava
o complexo a Beijing Railway Station.



Uma Maria Fumaça com diversos vagões está parada na estação do complexo.

A Amanda aproveitou pra andar na linha, sem trocadilho.


E a Gigi aproveitou pra se refrescar um pouco nos jatos d'água.


A fábrica e suas diversas sub-fábricas – entre elas a 798 - era considerada uma das melhores da China. Mas a partir de 1980, com as reformas de Deng Xiaoping, começou a se tornar obsoleta fechando suas portas no início da década de 90. Em 1995 o lugar chamou a atenção da Academia Central de Belas Artes que procurava um lugar barato e amplo para realizar seus projetos. A partir daí vários artistas começaram a usar o local para exposições, até que em 2002 finalmente o espaço 798 foi inaugurado oficialmente.


Numa área de 0.6 km² (ou 600 mil m²) há galerias, estúdios de design, galpões com exposições de arte, restaurantes, bares, lojinhas e muitos outros atrativos.

Paredes com grafites.

Esculturas por toda a parte.

A evolução da TV.

Esculturas de todos os tipos.

Os "gordinhos". 


Poltrona feita de caixa de papelão. 


O que será que elas significam? Lembram muito os terninhos de Mao Tse-Tung.
Será que quer dizer que ele "perdeu a cabeça"?


Várias Estátuas da Liberdade numa só.


Mão forte.

Bonecos como esse estão por toda a fábrica.


Que coelhão!


É um lugar bem interessante e que procura expandir sua reputação e influência como zona de arte e desenvolvimento da arte moderna promovendo alguns festivais, como o Festival de Arte 798 e o Festival de Arte Criativa.

A área é bem arborizada e o local muito amplo. 
Arte em lugares jamais imaginados.
Reparou no "peladão" lá em cima?


Um inseto gigante e o detalhe de uma das chaminés da fábrica ao fundo.


No outro dia mesmo, na porta da escola da Giovanna, fui parada por uma jovem que me perguntou se eu tinha interesse de levar minha filha para participar, durante uma semana, de algumas atividades no 798. Tudo gratuitamente. Como a Gigi não se interessou, apenas agradeci a oferta, num contato por e-mail.

Grandes marcas mundiais já usaram o espaço para lançar seus produtos, como Christian Dior, Omega e Toyota. Nessa nossa visita, entramos numa exposição da BMW.


BMW i3 - Primeiro carro 100% elétrico da montadora alemã.
A carroceria é em fibra de carbono e alumínio.
Preços: 
Na Alemanha, R$102.699.
Nos Estados Unidos, R$92.450.

Carregador do i3.


BMW i8 - Conceito de carro híbrido, movido a eletricidade e a diesel.


Tirando onda no sidecar.

Arte interativa.

Lojinha com miniaturas de carros, motos, aviões, etc...
  
Depois de “explorarmos” parte do 798 fomos conhecer outro ponto turístico de Beijing: o Panjiayuan Antique Market (潘家园旧货市场 Pān jiāyuán jiù huò shìchǎng), também conhecido como Mercado das Pulgas, porque no final de semana abriga uma feirinha de produtos usados em um de seus pátios.

O lugar tem de tudo um pouco: esculturas, artigos de decoração, móveis, porcelanas, pinturas, livros, antiguidades... É um universo de produtos da cultura chinesa. A nossa visita foi rápida, já que as meninas estavam cansadas. Tem muita coisa de gosto “duvidoso”, mas vale um retorno para conhecer melhor o mercado – dizem que são cerca de 4 mil barracas e lojas, ou aproximadamente 10 mil vendedores espalhados numa área de 48,500 m². 

É considerado o maior mercado de antiguidades de toda a China e também da Ásia.

Por isso é um lugar muito procurado pelos turistas. Até Hillary Clinton, ex-primeira dama e ex-Secretária de Estado dos Estados Unidos já passou pelo Panjiayuan. Agora, Andréa Caputo também!


Entrada do Panjiayuan.


Mercado das Pulgas: artigos de 2ª mão são vendidos ao ar livre,
espalhados pelo chão.


Porcelana chinesa, a maioria com algum defeito.


Parte coberta do mercado.









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